Professor da UEM destaca ações desenvolvidas pelas universidades estaduais no combate à dengue

UEM

Campus sede da UEM, em Maringá (Crédito: Cristiano Martinez)

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As universidades estaduais do Paraná desenvolvem ações no combate à dengue, por meio de pesquisas, projetos de extensão, campanhas e mutirões sanitários. O cenário neste início de 2024 é preocupante em relação à disseminação dessa doença.

Segundo o Informe Semanal da Dengue divulgado nesta quarta-feira, 14, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra 8.441 novos casos e mais sete óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 37.516 casos confirmados.

As sete novas mortes aconteceram em Antonina, Mariluz, Arapongas, Paranavaí, Apucarana (2) e Londrina, entre os dias 11 e 27 de janeiro. São três mulheres e quatro homens, com idades entre 24 e 75 anos. Ao todo, o Paraná soma 15 óbitos pela doença.

O 23º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa também contabiliza 111.147 notificações, 26.397 casos em investigação e 42.397 descartados.

As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (9.331), 14ª RS de Paranavaí (3.379), 17ª RS de Londrina (3.353), 22ª RS de Ivaiporã (3.246) e 10ª RS de Cascavel (3.095).

Já os municípios que apresentam mais confirmações são Apucarana (6.707), Londrina (2.718), Ivaiporã (1.841), Maringá (1.755), Paranavaí (1.583), Jandaia do Sul (1.207) e Santa Izabel do Oeste (1.117).

“A Organização Pan-Americana de Saúde alertou os países das Américas Central e do Sul sobre a possibilidade de uma epidemia de dengue, levando em consideração o aquecimento global, as chuvas típicas, que ocorrem neste período do ano, além dos descuidos da população em relação aos criadouros do mosquito”, afirmou o professor de virologia clínica, Dennis Armando Bertolini, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), via AEN-PR.

O profissional, que também é responsável pelo Laboratório de Virologia Clínica do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina da UEM, destaca a importância das ações desenvolvidas pelas instituições de ensino superior no combate à dengue.

“As universidades públicas paranaenses auxiliam o poder público na tomada de decisão com o treinamento das equipes de saúde, monitoramento espacial de casos e, em pesquisa, analisando casos graves, criando novas opções de controle do Aedes aegypti e desenvolvendo novos tratamentos e vacinas”, disse ele.

Crédito: Ilustrativa/Sesa

UEM
Na UEM, várias ações de prevenção e mutirões também são realizados. Em dezembro, por exemplo, foram recolhidos dois contêineres de lixo na universidade, grande parte composta por resíduos que poderiam servir como criadouros para o mosquito da dengue, como é o caso de embalagens de alimentos, garrafas plásticas, latas de refrigerantes, sacolas plásticas e tampas plásticas.

Atualmente a universidade desenvolve duas campanhas de prevenção, a “Eco Ação” e a “UEM contra a dengue”, direcionadas para o período de volta às aulas, na universidade e nas escolas da rede pública de ensino.

Dentro do campus da instituição também está localizado o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), que atua na testagem e diagnóstico de doenças com alto índice de ocorrência, como a dengue. O Lepac é local de trabalho e desenvolvimento de estudos de profissionais e estudantes das áreas de saúde e atende mais de 100 municípios do Estado.

UEL
Já a Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolve diversas pesquisas relacionadas à dengue. Um exemplo é o estudo feito em 2023 por pesquisadores do Centro de Ciências Exatas da universidade, que resultou em uma forma eficaz de realizar exames de Raio-X em mosquitos. O método resulta em imagens tridimensionais que auxiliam em estudos.

Em 2019, foram dois projetos relacionados ao tema. Um foi o aplicativo desenvolvido por professores e estudantes de Ciência da Computação, Design Gráfico e Ciências Biológicas, que auxilia na prevenção a partir de um checklist para verificação de itens de casa, como água parada em potes de plantas. O outro projeto, desenvolvido por professores do Centro de Ciências Biológicas, consiste na criação de um bioinseticida, que elimina larvas do Aedes aegypti a partir do isolamento de uma bactéria.

Outras
Mais ações também são desenvolvidas nas universidades estaduais de Ponta Grossa (Uepg), do Oeste (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte (Uenp) e do Paraná (Unespar)

Sintomas
A transmissão da dengue acontece com a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Os sintomas podem aparecer em até 15 dias.

Normalmente, a primeira manifestação da doença é febre alta (39°C a 40°C) que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Pode haver manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer.

Com informações de AEN-PR e Sesa

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