Profissionais de saúde vão às ruas de Maringá em defesa do piso da enfermagem

Grandes empresas particulares da área de saúde articulam para derrubar o piso da enfermagem aprovado por Lei

piso da enfermagem

Com cartazes e faixas cobrando direitos da categoria, os profissionis de saúde fizeram uma caminhada até a Regional de Saúde Foto: Matheus Gomes

Os profissionais de Enfermagem de todo o Brasil reagiram diante da forte articulação de grandes empresários da saúde privada que levou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso a derrubar monocraticamente a vigência da Lei 14.434/2022, que regulamenta um piso salarial nacional para a categoria. Também em Maringá, um ato organizado por diversas entidades de classe tomou ruas e avenidas do Centro em defesa dos direitos da categoria.

Nesta sexta-feira, 9, centenas de profissionais como enfermeiros, parteiras, auxiliares e técnicos de enfermagem, juntamente de parte da população em apoio à categoria, já estavam reunidos em frente à Secretaria Municipal de Saúde (Sesa). Com dezenas de faixas, bandeiras, cartazes e palavras de ordem, os presentes criticaram duramente a articulação entre empresários e o STF, que jogam contra os trabalhadores, mesmo após as homenagens simbólicas durante os períodos mais graves da pandemia de covid-19. Para a categoria, não basta aplausos e parabenizações. A valorização verdadeira precisa vir em forma de melhores condições de trabalho e a implementação de um salário digno.

O grupo saiu para caminhada em direção à 15ª Regional de Saúde de Maringá. Em uma das várias falas realizadas no trajeto, a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar), Priscila Guedes, parabenizou a força dos profissionais e reforçou a necessidade urgente das ações de rua continuarem juntamente da pressão pelas redes sociais, especialmente dos 11 ministros do STF.

Priscila Guedes disse que o sindicato entende que a mobilização, de todas as formas, será a única forma de barrar este retrocesso histórico para os profissionais de saúde.

Também na sexta-feira, o STF deu início ao julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) movida por diversas entidades patronais da saúde privada, justamente a ação acatada monocraticamente pelo ministro Barroso.

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