A empresa Serrana Engenharia, que tem sede em Joinville, Santa Catarina, venceu a licitação realizada pela prefeitura de Maringá para administrar a destinação final do lixo produzido na cidade, mas poderá enfrentar séria oposição como consequência de atos cometidos em outros municípios que resultaram em denúncias na Justiça, investigações, até prisões de diretores. Em Maringá o contrato é de R$ 18 milhões.
O Partido Social dos Trabalhadores Unificados (PSTU) é o primeiro a vir a público alertando que a prefeitura está firmando um contrato milionário com uma empresa de idoneidade duvidosa. O site do partido dá destaque à matéria “Prefeitura de Maringá vai pagar R$ 18 milhões para empresa investigada em esquema de corrupção em Santa Catarina“.
O PSTU apresenta material comprovando que a Serrana Engenharia, que desde o ano passado é proprietária da Pedreira Ingá para usar como depósito dos resíduos recolhidos na cidade, está envolvida nas investigações da Operação Mensageiro, deflagrada em dezembro pelo Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) para apurar suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversas regiões de Santa Catarina.
Como resultado da Operação Mensageiro foram presos diversos prefeitos e funcionários do alto escalão da Serrana Engenharia. Entre os presos estão os responsáveis pela empresa em Mafra e em Três Barras, ambos municípios de Santa Catarina. A suspeita é que a Serrana pagaria propina a políticos para se manter nos serviços de coleta de lixo e iluminação pública.
Durante as buscas foram apreendidos mais de R$ 1,3 milhão em espécie, localizados nas residências e locais de trabalho dos alvos investigados. Dentre os alvos dos mandados estão o presidente da empresa, Odair Mannrich, e o filho Bernardo Lopes Mannrich.
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