A quantidade de acidentes com morte no perímetro urbano de Maringá é a menor dos últimos 19 anos. Um levantamento feito por O Maringá com base em dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) revela a queda no número de mortes, embora, no período, a frota de veículos tenha praticamente dobrado.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados do município, em 2002 (entre janeiro e novembro) foram 50 mortes. No mesmo período, em 2021, foram 29 óbitos. Na comparação com 2007, por exemplo, data da estatística de frota mais antiga do Detran Paraná, foram 62 mortes no período. Naquele ano, a frota de veículos de Maringá era de 185.755. Já em 2021, são 323.588 veículos circulando pelas ruas e avenidas da cidade, o que representa um aumento de 74%. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a queda no número de mortes chega a 27%. Em 2020, entre janeiro e novembro, a cidade havia registrado 41 mortes. Entre 2009 e 2012, por exemplo, a média de mortes por ano em Maringá superava 60 casos, de acordo com a estatística da Semob.
Causas
Para a Semob, esta redução é um combinado de várias ações ao longo dos anos. Fiscalização, maior consciência, sinalização, campanhas educativas e melhoria nas vias urbanas. “Há uma série de fatores envolvidos. A pandemia ajudou a reduzir um pouco o número de veículos circulando. Além da fiscalização mais intensa com o uso de radares”, destacou o secretário Gilberto Purpur.
O secretário é servidor de carreira do município e participou ao longo dos últimos anos de mudanças significativas no trânsito de Maringá. A criação das vias binárias do Centro, corredores de ônibus em avenidas da zona norte, a entrega do novo terminal e construção de ciclovias em avenidas importantes da cidade.
“Outra ação importante tem a imprensa. Hoje em dia, as câmeras de segurança registram flagrantes de acidentes e isso é uma campanha de conscientização diária. As pessoas passam a refletir mais sobre os riscos de acidentes”, completou o secretário.