“Queremos todas vivas”, hoje no Teatro Magó, fala de feminicídio pelo olhar de uma legista do IML

queremos todas vivas

Quatro mulheres são assassinadas por dia no Brasil, vítimas de feminicídio Foto: Adobe Stock

A ação de combate ao feminicídio “Queremos todas vivas”, promovida pela vereadora e procuradora da Mulher da Câmara de Curitiba Maria Leticia, chega a Maringá nesta quinta-feira, 28, e será apresentada as 19 horas no Teatro Reviver Magó.

O evento tem entrada franca, é aberto a qualquer faixa etária, mas pede-se que os interessados se inscrevam com antecedência pelo link na BIO via sympla

Na programação estão previstas rodas de conversa e a palestra “O feminicídio pelo olhar de uma médica-legista”, proferida por Maria Letícia, que é médica do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.

Com 25 anos sendo médica-legista no Paraná, elaatendeu inúmeras vítimas de violência doméstica e feminicídio durante sua atuação no Instituto Médico Legal (IML).

O evento no Teatro Reviver Magó também faz parte de uma homenagem à jovem Maria Glória Poltronieri Borges, conhecida como Magó,  que foi vítima de feminicídio em janeiro de 2020, em uma cachoeira no município de Mandaguari, próximo a Maringá.

Magó era uma mulher multi-artista, dançarina, pandeirista, capoeirista, professora e pesquisadora.  Sua morte comoveu e mobilizou muitas pessoas não só no norte do Paraná como no Brasil e em cidades fora do país.

Maria Letícia fala da experiência como médica legista do maior IML do Paraná

Sua história virou símbolo de luta contra o feminicídio e reúne homenagens pelo Paraná, como o Jardinete da Magó, no bairro Fazendinha, em Curitiba, o Teatro Reviver, que agora se chama Reviver Magó, e duas instalações na Praça Todos os Santos: Madeixas de Magó do artista Paolo Ridolfi e Magó o Feminino é Sagrado, intervenção feita por muitas mãos e parte do projeto idealizado pela professora Sheilla Souza, do curso de Artes Visuais da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Magó ainda inspirou o Projeto de Lei 354/2021 que tramita na Câmara Federal. A proposta incentiva empresas a criarem anúncios que contribuam com a diminuição das diferenças entre homens e mulheres, elevando a representatividade feminina na sociedade. A prefeitura de Mandaguari também instituiu o dia 25 de janeiro como dia municipal da luta contra o feminicídio.

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