O furto de peças metálicas nos cemitérios ocorre em todas as cidades e vem aumentando na mesma medida em que cresce o número de drogados vivendo nas ruas, buscando alternativas para sustentar o vício, mas em Maringá o vereador Luiz Neto (Agir) está apresentando um projeto de lei que pode resultar em uma solução para o problema. A ideia poderá ser copiada por outros municípios.
Segundo Luiz Neto, o furto das peças metálicas nos túmulos somente acontece porque há quem compre esse material. Sendo assim, seu projeto sugere que as forças de segurança intensifiquem a fiscalização a empresas que trabalham com compra e venda de metais para reciclagem. Para o vereador, são os comerciantes de material ilegal que acabam alimentando e incentivando o furto nos cemitérios.
Além do prejuízo material, o crime fere a memória e a dignidade de quem já partiu, gerando indignação e dor para as famílias. Diante desse cenário,o vereador está apresentando uma proposta inédita no município, com foco na prevenção e na responsabilização de estabelecimentos que adquirirem ou comercializarem peças funerárias sem comprovação de origem lícita.
“Estamos falando do respeito às famílias e ao legado de quem já partiu. O cemitério é um espaço de memória e não podemos aceitar que ele seja alvo de criminosos motivados pelo mercado clandestino de metais. Essa lei garante fiscalização, punição e, principalmente, proteção ao patrimônio funerário da nossa cidade”, afirmou o vereador.
O projeto prevê a cooperação do Poder Executivo com órgãos de segurança pública para coibir os furtos e proíbe sucatas, ferros-velhos e estabelecimentos de reciclagem de adquirirem ou comercializarem peças provenientes de túmulos sem documentação idônea.
A ideia começa com a punição aos estabelecimentos com multas que começam em R$ 10 mil, com correção anual pelo INPC, suspensão de alvará de funcionamento temporariamente e até cassação definitiva em caso de reincidência.
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