Os patinetes elétricos estão cada vez mais presentes na cidade de Maringá e por todo o país. Seja em cima das calçadas, passando pelas ciclovias, costurando as vias, entre os carros. O tipo de transporte entrou em discussão na Câmara Municipal de Vereadores de Maringá, através do projeto de lei 17.380/2025, de autoria do vereador Lemuel do Salvando Vidas (PDT), para debater sobre sua segurança.
A audiência pública reuniu representantes do Executivo, da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), da Polícia Militar, SAMU, empresas de patinetes, entre outros órgãos.
O vereador Lemuel que propôs a discussão, explica o porquê e a importância do projeto. “A regulamentação do patinete elétrico no município de Maringá também é uma coisa importante. Se não fosse importante as pessoas não morreriam por conta disso. Nós já tivemos vários acidentes com patinete elétrico”. Ele destaca o real intuito do debate. “A intenção não é proibir ninguém de fazer o uso, muito pelo contrário, a gente sabe que é um mecanismo alternativo, sustentável, que realmente tem ganhado as ruas do município. Temos que dar segurança para as pessoas usarem esse veículo. A grande maioria usa o patinete elétrico de forma correta, mas muitos usam de forma irregular.”
Não é difícil constatar patinetes em cima das calçadas se misturando com pedestres, outros nas ruas sem qualquer provimento de algum material de segurança, como capacete. “A gente propôs audiência pública para debatermos esse assunto, para que a gente venha conversar e entender realmente o que acontece”. O vereador destaca que foi feito um estudo por sua equipe e verificou-se que muitos municípios estão aderindo à regulamentação para inibir o mau uso do patinete vizando minimizar os riscos de acidentes. “Uma criança de 11 anos teve um acidente gravíssimo em Japurá e inclusive está internada em Maringá. A gente vai continuar deixando as pessoas fazerem de qualquer maneira sem a regulamentação, colocando em risco a sua própria vida? A nossa ideia como vereador é proporcionar para as pessoas, segurança, respeito e qualidade de vida”, explana.
Regulamentação
O que pode e o que não pode foi destaque na audiência, já que o tema ainda causa muita dúvida para quem quer utilizar o patinete elétrico. A regulamentação diz que cada município deve ter a sua, em conformidade com as vias, população, quantidade de patinetes, entre outros. De forma geral o patinete é de uso individual e não deve ser utilizado com fone de ouvido, muito menos com ingestão de bebida alcoólica. Cidades com grande fluxo de veículos como São Paulo, Rio de Janeiro e Florianópolis já utilizam algumas regras. A principal medida em Maringá é inserir a obrigatoriedade do uso de capacete e limitar a velocidade. “Se a pessoa cair, a primeira coisa que vai acontecer é machucar a cabeça, muitos casos em estado grave. Você vai colocar a sua vida em risco, pode ficar em estado vegetativo, pode não se locomover mais, são uma série de coisa que podem acontecer”, destaca o vereador.
Foi esclarecido que é necessário o uso dos EPI’s e também primeiramente a conscientização da população no uso do patinete, assim como já é natural o uso do cinto de segurança nos automóveis.
Para não cair no buraco
O patinete elétrico tem se tornado mais comum, no entanto a manutenção e o estado das ciclovias precisam de uma revitalização para que essas pessoas usem com segurança, é o que salienta Lemuel. “Imagina as pessoas utilizando esses espaços e cair em um buraco. A ideia é juntos proporcionar o melhor para Maringá”. Também foi mencionado sobre as ondulações nessas ciclovias, aonde as raízes das árvores vão aos poucos danificando o piso, ocasionando principalmente para os patinetes, perigo de queda. A audiência foi encerrada e novos debates sobre o tema ocorrerão em breve.