Depois do samba com jeito de rap e hip-hop de Marcelo D2, que chacoalhou a praça do antigo aeroporto, chegou a vez do SambaSá, uma roda de samba com muita brasilidade e elegância como acontece em tudo que leva a voz de Roberta Sá, uma das cantoras mais importantes dos últimos 20 anos e herdeira legítima daquela área da música brasileira ocupada por ícones como Clara Nunes, Beth Carvalho e Alcione.
Roberta Sá fecha a Virada Cultural de Maringá 2023 e traz seu show SambaSá, que já percorreu o país com muito sucesso. A cantora sobe ao palco da Virada às 21 horas acompanhada por um time de músicos que inclui Alan Monteiro (cavaco e bandolim), João Rafael (baixo), André Manhães (bateria), Ferreira (pandeiro, congas, caixa, repique de anel, tamborim, efeitos), e Jéssica Araújo (surdo, tantã, pandeiro, tamborim, efeitos). No violão, Gabriel de Aquino, filho do violonista e compositor João de Aquino (autor de “Viagem”) e primo de Baden Powell, a referência do violão brasileiro e um dos maiores do mundo.
No projeto SambaSá, Roberta Sá vai cantar alguns de seus grandes sucessos, mas recheará o reppertório da roda de samba com sambas eternos que foram gravados por outras vozes, como “Sufoco”, que alavancou a carreira de Alcione. O repertório mescla canções de Martinho da Vila, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e outros.
A força feminina no samba é lembrada e reafirmada através de clássicos de Dona Ivone Lara, Alcione, Jovelina Pérola Negra e Beth Carvalho.
Em outras apresentações, o SambaSá tem apresentado o seguinte repertório
- A Roda (Wanderley Monteiro / Deco Romani)
2. Alguém Me Avisou (D. Ivone Lara) - Alô Fevereiro (Sidney Miller)
- Água da Minha Sede (Dudu Nobre / Roque Ferreira)
5. Luz da Minha Vida (Toninho Geraes / Chico Alves) - Ah, Se Eu Vou (Lula Queiroga)
- Interessa? (Carvalhinho)
- Sem Avisar (Wanderley Monteiro)
- Amanhã é Sábado (Martinho da Vila)
- Samba de Um Minuto (Rodrigo Maranhão)
- Me Erra (Adriana Calcanhotto)
- Nos Braços da Batucada (Arlindo Cruz / Babi / Jr. Dom)
- Maneiras (Sylvio da Silva)
- Nossos Planos (Fred Camacho / Leandro Fab / Carlos Caetano)
- Não Tá Nem Aí (Carlos Caetano / Moisés Santiago / Flavio Silva)
- No Mesmo Manto (Beto Corrêa / Lúcio Curvelo)
- Antes Tarde (Nego Álvaro / Marcos Maia)
- Colabora (Sergio Roberto Serafim)
- Chega (Rafael dos Santos / Leandro Fregonesi)
- Trilha do Amor (Alexandre Silva de Assis / Andre Renato / Gilson Bernini)
- Fala Baixinho (Claudemir da Silva / Edinei Moreira da silva / Marcos Aurelio Nunes)
- Domingo (Alexandre Pires / Fernando Pires / Oswaldo Jose de Carvalho / Renato Cosme Vieira de Barros)
- Samba de Arerê (Arlindo Cruz / Alexandre Silva de Assis / Mauro Macedo Costa Junior)
- Sorriso Aberto (Guaraci Sant’anna)
Sucesso que cresce a cada ano
A Secretaria da Cultura da prefeitura de Maringá, organizadora da Virada Cultural, calcula que cerca de 20 mil pessoas de diferentes idades estiveram no primeiro dia da Virada Cultural, no sábado, 29, que terminou com o show do rapper sambista Marcelo D2. A expectativa é de que também neste domingo cerca de 20 mil pessoas tenham participado da Virada.
Para o secretário Victor Simião, da Cultura, a Virada Cultural, patrocinada pela prefeitura de Maringá, é um dos maiores eventos culturais do Paraná e cresce a cada ano, desde sua primeira edição. O diferencial foi o período da pandemia da Covid-19, que se resumiu à parte musical e apresentada online ou híbrida.
A edição de maior sucesso até então era a do ano passado, que colocou no palco da praça do antigo aeroporto artistas do naipe de Gal Costa e Sepultura. A deste ano, segundo Simião, poderá terminar com um público ainda maior.
A Virada Cultural é um evento da prefeitura, organizada pela Secretaria da Cultura, mas envolve também as secretarias de Comunicação, Mobilidade Urbana, Segurança, Criança e Adolescente, Limpeza Urbana, Infraestrutura, Trabalho, Renda e Agricultura Familiar, Saúde, Mulher, Proteção e Bem-Estar Animal, Esporte e Lazer e o Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar).
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