Sesa nega ter aumentado porcentual de vacinas para Maringá por causa de ação na Justiça

segunda dose

A aplicação de segunda dose será feita em postos de vacinação Foto: Ari Dias/AEN

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A Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta segunda-feira uma nota onde explica que o porcentual de vacinas destinado ao município de Maringá foi elevado, mas que isso não se deve à Ação Ordinária de Obrigação de Fazer com Tutela de Urgência que a prefeitura move na Justiça com o objetivo de impor à Secretaria a obrigação de restabelecer o total de doses de vacina contra a covid-19 a que Maringá tem direito, proporcionalmente. A Sesa nega também que alguma cidade tenha sido prejudicada na divisão das vacinas.

Ocorre que a população vacinável de Maringá, a partir de 18 anos de idade, corresponde a 50,58% do total dos vacináveis em toda a área de cobertura da 15ª Regional de Saúde, porém, nas últimas semanas o porcentual de doses recebidas pelo município correspondia a pouco mais de 35%, o que deixou a cidade por vários dias sem imunizante para a vacinação de primeira dose por faixa etária.

Enquanto Maringá atrasava, outros municípios adiantavam, como é o caso de Apucarana, cidade do secretário de Saúde Beto Preto, que nesta segunda-feira está vacinando pessoas de 18 anos de idade.

O prefeito Ulisses Maia (PSD) publicou um desabafo em suas redes sociais, onde deixava clara sua suspeita de que Maringá estaria sendo boicotada pela Secretaria de Saúde. Na sequência, a prefeitura entrou na Justiça com uma ação para forçar a secretaria a repassar ao município o equivalente ao tamanho de sua população adulta.

No fim de semana Maringá recebeu 11.690 doses de vacina, volume correspondente a mais de 50% do total que a Secretaria de Saúde encamiinhou à 15ª RS. E nesta segunda-feira, mesmo dia em que a Justiça concedeu liminar em favor da prefeitura, a imprensa divulga a íntegra da nota em que a Sesa nega que o aumento de doses seja por causa da ação:

“A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que a remessa de doses para o município de Maringá não é resultado de decisão judicial. Embora o município tenha judicializado a questão, o pedido liminar sequer foi analisado, muito menos o mérito do assunto. A distribuição vem sendo equânime, igualitária e sem qualquer distinção para os 399 municípios paranaenses.

No início do planejamento da vacinação pelo Ministério da Saúde, em razão dos grupos prioritários, naturalmente houve uma distorção do perfil populacional, conforme a própria característica das cidades. Maringá, por exemplo, recebeu mais doses do que outros municípios no início da campanha de vacinação, justamente pela sua característica de habitantes.

A Sesa, por consequência, corrigiu esta distorção no momento da vacinação por idade, fazendo assim uma distribuição para que os imunizantes chegassem de maneira semelhante na campanha, com a meta de 80% da população com a primeira dose ou dose única ainda no mês de agosto.

É preciso destacar que o Tribunal de Contas do Estado já validou a metodologia da Sesa, em um reclame semelhante feito pela prefeitura de Curitiba, e que não tinha qualquer fundamento. O Paraná é um só e segue de forma conjunta na imunização.”

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