O primeiro dia do “Simpósio Bioinsumos na Agricultura” que acontece na Uningá, em Maringá, reuniu engenheiros agrônomos, especialistas, professores e acadêmicos que abordaram as experiencias bem sucedidas com os insumos biológicos e os cuidados com o manejo.
“Os insumos biológicos vieram pra somar, não substituir os insumos químicos”, esclareceu a engenheira agrônoma Isabella Accorsi Sanches, representante da Koppert, líder mundial em soluções biológicas.
Isabella mostrou o aquecido mercado brasileiro. O aumento foi de 219% na produção de bioinsumos em um ano. “Tudo é trabalhado sob três pilares: indústria, desenvolvimento de novas tecnologias e pesquisa”, salientou.
O coordenador regional de lavouras do IDR (Instituto de Desenvolvimento Regional) Eduardo Henrique Lima Mazzuchelli, chamou a atenção para a qualidade do solo para manter os microorganismos.
Destacou a importância do bom manejo para a ativação da microbiologia do solo. “É importante as plantas de cobertura na melhoria e na construção desse processo. Então, não adianta pensar apenas no melhor bioinsumo se não tivermos a base construída para ter um ganho produtivo para as lavouras”, completou.
O tema também foi abordado pelo engenheiro agrônomo André Luiz Oliveira Francisco , do IDR Paraná que falou sobre “as plantas de coberturas para promoção e microbiologia do solo”. Tais plantas promovem a qualidade do solo com a inserção de micronutrientes diferenciados. Exemplo de plantas de cobertura são as leguminosas. “Esse simpósio está dando amplo espaço para abordar o agroecossistema”, avaliou o engenheiro.
Em suma: é preciso conhecer o solo. A afirmação parte da bióloga Vania Pankievicz, da GoSolo, com a palestra “Metagenômica do Solo: Primeiro Passo para Uso e Avaliação de Bioinsumos”.
“O solo é vivo e é influenciado por microrganismos . Então, antes de fazer o manejo biológico, precisamos entender o que já está ocorrendo na biologia do solo”, sintetizou. “A alta produtividade é o objetivo de todos os produtores, mas o importante é que ela permaneça a longo prazo com a defesa e o cuidado com a saúde da terra”.
Os bioinsumos visam a diminuir a dependência da agricultura brasileira em relação aos fertilizantes químicos, promovendo a qualidade de vida do solo, dos produtos, consumidores e economia para os produtores .
“Isso representa produtos sadios, desde a merenda escolar, até para exportação. O resíduo zero, muitas vezes, tem custo inferior para o agricultor o que lhe permite uma rentabilidade maior”, explica Eduardo Augustinho Dos Santos, coordenador estadual de Fruticultura da Emater e um dos organizadores do simpósio. Ele falou sobre “extensão rural e assistência técnica dentro dos bioinsumos”.
O primeiro dia fechou com a palestra “Utilização dos Fármacos no Controle Fitosanitário”, com o engenheiro agrônomo Daniel Junior de Andrade, da Unesp (Jaboticabal).
Nesta quinta-feira (17/08), o Simpósio tem prosseguimento com palestras a partir das 8h30 que devem ampliar o debate sobre o agroecosistema. Na sexta, no período da manhã, está prevista visita técnica a uma propriedade e a Comafrut em Marialva.
Realização – O “Bioinsumos na Agricultura” é uma realização da Associação Maringaense dos Engenheiros Agrônomos, Conselho Regional de Engenharia Agronômica (Crea-PR), Centro Universitário Uningá, Sindicado dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR), IDR-Paraná, Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Governo do Paraná, Sindicato Rural de Maringá, Mutua-PR, Adita, Koppert, Reminer, Dinagro, Origem, GoGenetc Agro, Agrinor e Canal do Agro.
Inscrição – “Simpósio Bioinsumos na Agricultura” – Entre os dias 16 e 18 de agosto na Uningá, Maringá. O Evento presencial e online é transmitido pelo canal do IDR-PR no Youtube. Link para inscrições: https://bit.ly/3NhcvDT
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