O Sindicato dos Servidores Municipais de Maringá (Sismmar) chama os servidores da coleta e toda a população de Maringá para se manifestar contra uma possível iniciativa da prefeitura de terceirização da coleta de lixo na cidade. Segundo o sindicato, o serviço é realizado com excelência pelos servidores municipais, reconhecido pela população por sua eficiência e qualidade, sem registros de lixo acumulado ou falhas na execução.
A preocupação surgiu após o secretário de Limpeza Urbana, que acumula a Secretaria de Infraestrutura, Vagner Mussio, afirmar em entrevista a uma emissora de rádio que a terceirização “está no radar” da nova administração. O Sismmar conversou com o secretário e, em reunião com as dirigentes sindicais, Mussio garantiu que a prioridade são os servidores concursados e que, neste momento, serão apenas estudos, conduzidos com transparência e diálogo com a categoria.
Eficiência e economia
O sindicato recorda que um estudo da própria Prefeitura apontou, há pouco mais de seis anos, que a municipalização da coleta resultou em uma economia de R$ 16 milhões. O dado comprova que a gestão pública direta não apenas reduz custos, mas também garante um serviço mais eficiente para os mais de 400 mil maringaenses.
A terceirização da coleta traz riscos já conhecidos em diversas cidades, destacou o sindicato. Exemplos recentes, como Matinhos e Guaratuba, no Paraná, e Florianópolis, em Santa Catarina, mostram os problemas da terceirização: empresas não deram conta de executar o serviço, resultando em lixo acumulado e graves prejuízos à população. A lógica privada prioriza o lucro, frequentemente às custas da qualidade do serviço e da valorização dos trabalhadores.
Para o Sismmar, terceirizar a coleta de lixo é um ataque ao serviço público e aos servidores estatutários, ameaçando suas condições de trabalho e criando precedentes para a precarização de outras áreas do funcionalismo.
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