Nesta quarta-feira, 27, faz três anos que o maringaense conheceu a primeira edição do jornal O Maringá, que agradou a muitos que tinham ficado sem jornal impresso após o fechamento, em poucos meses, dos jornais O Diário, Hoje Maringá e Metro, mas também fez muita gente torcer o nariz, não acreditando que, se os outros estavam fechando, o semanário não duraria mais do que as primeiras edições. Mas, nesses três anos, o jornal manteve ininterruptamente a circulação a cada domingo.
O Maringá nasceu contrariando a lógica, em plena pandemia do novo coronavírus, em um momento em que os jornais tradicionais em todo o mundo estavam fechando, os sinais eram de que as pessoas iam viver cada vez mais na internet, cada vez menos no papel, os comentários eram de que tratava-se do O Diário disfarçado e que logo fecharia.
A primeira edição, que teve como editor o jornalista Luiz Fernando Cardoso (1981-2021), trouxe um caderno inteiro contando a história dos jornais impressos que Maringá teve desde a década de 1940 numa espécie de homenagem àqueles que pavimentaram os caminhos da imprensa até aqui.
Naquele momento, o mundo vivia uma crise econômica e um político paranaense estava às voltas com a Justiça.
Três anos depois, os jornais tradicionais continuam fechando em todo o mundo, as pessoas estão cada vez mais na internet e sabendo em minutos o que acaba de acontecer em qualquer parte do planeta, ao invés de ler notícias, elas as assistem ao vivo na palma da mão e ainda compartilham com um clique sem nem mesmo parar o que estão fazendo.
O mundo iniciou duas guerras, o Brasil mudou de presidente, de rumo, de técnico de futebol. O Maringá mudou de tamanho, de logotipo, de editor, de repórteres, de sócios, de lugar. Os comentários são de que trata-se de um puxadinho do O Diário e que em breve fechará. A situação econômica continua crítica e há um político paranaense às voltas com a Justiça. Agora é outro.
Segundo a fundadora do O Maringá, Angela Nakano Almeida, os jornais tradicionais vão continuar fechando um atrás do outro, alguns as pessoas nem percebem que ainda respiram por aparelho e o mundo vai cada vez mais viver na internet. “A internet é inimiga do jornal de papel, mas não é do O Maringá”, diz ela.
“O O Maringá vai continua circulando sua edição impressa, há milhares de pessoas que querem pegar o jornal, olhar página por página, sentir o cheiro da tinta, guardar, colecionar, recortar, riscar. Para essas pessoas e por elas, nós continuamos o impresso, mas se o mundo está cada vez mais na internet, ela não é nossa inimiga e sim nossa aliada. Nós também estamos nela”.
Nakano diz que O Maringá é também do mundo virtual, melhorando a cada dia seu braço online, omaringa.com.br, com a divulgação de notícias na velocidade e nos formatos exigidos por quem vive cada vez mais na internet, vai oferecer a opção de ouvir a notícia e também a de vê-la em vídeo no próprio site.
Outra novidade para os próximos dias será o O Maringá também no formato rádio. Mas, esse já é um assunto para mais adiante.
Veja também