Vigilantes de creches que estão desde julho sem pagamentos pedem ajuda dos vereadores

A empresa terceirizada teria recebido da prefeitura, mas não pagou seus funcionários

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Imagem meramente ilustrativa Foto: Divulgação

Acompanhados por diretores do Sindicato dos Vigilantes de Maringá, trabalhadores que desde abril vinham prestando serviços para a empresa H Seg Vigilância e Segurança Patrimonial nas escolas municipais e creches de Maringá estiveram na Câmara de Maringá nesta terça-feira, 24, para pedir apoio dos vereadores em sua luta para receber salários que a empresa deixou de pagar.

Eles não recebem salários desde julho e dizem que a situação ficou ainda mais complicada com o fim do contrato da H Seg com a prefeitura de Maringá. Segundo a prefeitura, todas as cláusulas do contrato com a terceirizada foram cumpridas, inclusive os pagamentos, o que significa que a empresa recebeu da prefeitura mas não pagou seus vigilantes.

A H Seg, que se diz uma empresa especializada em vigilância ostensiva, de transporte de valores e ainda de serviços orgânicos de segurança, foi uma das empresas de segurança contratadas pela prefeitura de Maringá para realizar o serviço de proteção em escolas municipais e creches após uma onda de ataques a escolas que resultou em mortes de estudantes e professores em diversas regiões do País, inclusive no Paraná.

A empresa disponibilizou sua equipe e argumentou que tratava-se de pessoas uniformizadas e “adequadamente preparadas para impedir ou inibir qualquer ação criminosa”.

 

 

Prefeitura fiscalizou o contrato?

“A prefeitura precisa fazer o que manda a Lei: desqualificar a empresa para que ela não preste mais serviço e não engane mais ninguém”, disse o vereador Alex Chaves (MDB), líder do prefeito na Câmara. Ele sugeriu ainda que seja verificada a informação de que terceirizadas para a vigilância na Educação estariam pagando abaixo do piso da categoria.

O vereador Paulo Biazon (União Brasil) lembrou que a prefeitura faz o acompanhamento do trabalho de suas terceirizadas, portanto deve ter ficado sabendo desde o início sobre os atrasos de pagamentos e deveria ter tomado providências. “Qual órgão da prefeitura é responsável pela fiscalização das obrigações trabalhistas? Foi verificado se a empresa estava pagando registro em carteira, FGTS e salário em dia? Quais providências foram tomadas quando a prefeitura foi informada que os pagamentos não estavam acontecendo?”

Paulo Biazon quer que vereadores também acompanhem os contratos da prefeitura com terceirizadas Foto: Marquinhos Oliveira

Segundo Biazon, há informações de que algumas empresas estão exigindo que seus vigilantes trabalhem em turnos 12 por 12 horas, em pé, quando o normal seriam de 12 por 36 horas. Também há informações sobre vigilantes trabalhando ‘free-lancer’, sem vinculo empregatício.

O vereador do União Brasil sugeriu a criação de uma comissão da Câmara para acompanhar o cumprimentos dos contratos, inclusive com vistas ao próximo ano letivo.

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