O Encontro Anual dos Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação das Universidades Estaduais, que está sendo realizado hoje (26) e amanhã (27), na Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), discute os desafios e o futuro das pesquisas nas instituições superiores.
O evento foi aberto com apresentação musical do Duo Baldassi e Botelho. A mesa principal para a solenidade de abertura contou com as presenças do superintendente geral de Ciência e Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Bona, do reitor da UEM, Julio Damasceno, do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação e coordenador do evento, Luiz Fernando Cotica, do presidente da Associação Brasileira dos reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) e reitor da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat), Rodrigo Zanin, do diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcelo Bortolini, do coordenador geral de Desenvolvimento Setorial e Institucional da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Lucas Salviano, além do presidente do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e de Pós-Graduação (Foprop), Robério Rodrigues Silva e do presidente do segmento das Universidades do Foprop, André Luiz Sena Guimarães.
Também participam do evento pró-reitores e diretores de pesquisa, além de professores da UEM e um representantes da Seti.
As atividades deste encontro fazem parte do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa (Foprop) que reúne mais de 250 universidades brasileiras e instituições de pesquisa científica e tecnológicas, abrangendo federais, estaduais, municipais, comunitárias e privadas. Juntas, buscam, além do fortalecimento e ampliação de pesquisas e da pós-graduação, a aproximação entre os gestores dessas áreas da educação superior para discutir as peculiaridades regionais de cada filiada. Para isso foi criado o Encontro Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Enpropp).
Inovação, pesquisa e pós-graduação são temas centrais do encontro que também pretende promover a troca de experiências entre as instituições, pesquisadores e agentes financiadores.
Para o presidente do Foprop, Robério Rodrigues, que também é egresso da UEM, “a Educação enfrentou, nos últimos anos, uma crise no investimento, mas agora há sinais de descontingenciamento obrigatório do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para promover também o desenvolvimento econômico e social do País”. Em 2021 o Congresso Nacional proibiu que o orçamento fosse contingenciado e, ressaltou que os recursos como suporte público vem por meio de contribuição de 14 fundos setoriais a partir da iniciativa privada com destino a fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico. Além disso, Rodrigues disse que “as universidades têm um pouco mais de fôlego com o lançamento de novos editais”.
Rodrigo Zanin, presidente da Abruem, diz que, historicamente, o fórum das universidades é muito organizado e conta com o Ministério da Ciência e Tecnologia, Capes, CNPq e Finep com 40% das universidades estaduais e municipais e quase 30% dos de investimentos às pesquisas de pós-graduação. “Isso é um marco que precisa ser reconhecido nas pautas, principalmente do governo federal, além de ser primordial ampliar as discussões para dar visibilidade às universidades”.
Lucas Salviano, coordenador geral da Capes, diz que não existe tratamento diferenciado entre as instituições. Ele alegou que “as cobranças existem, mas é necessário atender as exigências do orçamento”. E, acrescentou uma novidade: “hoje foi publicada a Portaria nº 40 da Capes, no Diário Oficial da União, com as normas que devem beneficiar, a concessão de bolsas a 1,9 mil cursos de pós-graduação distribuídos nas três áreas de avaliações (colégios): Ciências da Vida; Humanidades; e Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar.
As regras valem para as bolsas concedidas por meio dos Programas de Demanda Social (DS), de Excelência Acadêmica (Proex), de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (Prosup) e de Suporte à Pós-Graduação de Instituições Comunitárias de Educação Superior (Prosuc).
Durante a abertura do evento, o reitor da UEM, Julio Damasceno, disse que é uma honra contar com um evento desse porte em prol da Ciência, Tecnologia e Educação. Ele lembrou que nesses 50 anos recentes da instituição, a Universidade formou muitos profissionais e a instituiu a prática na região de forma mais agregada pela formação da pós-graduação que transbordam em ações e serviços ofertados à comunidade regional. “Pesquisas, como o desenvolvimento de material genético de tilápia, milho, soja, trigo, reforçam as cadeias produtivas da região e do país”, ressaltou.
O diretor de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcelo Bortolini, que veio acompanhado de uma equipe de peso, esclareceu que o momento é de troca de experiências e retirar as dúvidas. Entre as estratégias apresentadas foram elencadas as ações que serão implementadas pela financiadora ainda neste ano, como a cooperação de atividades não reembolsáveis e o cadastro no sistema com menos burocracia, acrescentou Bortolini.
O superintendente geral da Seti, Aldo Bona, ressaltou a importância das sete universidades estaduais instaladas no interior do Paraná que contabiliza uma comunidade acadêmica de 120 mil pessoas e contribui para o desenvolvimento, produzindo o crescimento regional na pesquisa, ensino e extensão. “Os desafios são grandes para a pós-graduação. Pretendemos estimular a articulação da Ciência e Tecnologia com o desenvolvimento econômico e social para ampliar também o protagonismo regional.
Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Luiz Fernando Cótica, o evento serve como articulador de ações conjuntas, além de contribuir para as atividades desenvolvidas nas universidades com reflexos na sociedade. “A atuação dos programas de pós-graduação é considerada fundamental para o avanço da ciência e na solução de problemas da sociedade”, resumiu.
Programação: Encontro Anual dos Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação e Inovação das Universidades Estaduais
14h – 15h: As políticas da CAPES para as Universidades Estaduais
Lucas Salviano – Coordenador-Geral de desenvolvimento setorial e institucional da CAPES
15h – 16h: Pauta do FOPROP
Carol Leandro – Coordenadora do Colégio de Pró-Reitores do COPROPI
16h30 – 18h30: Mesa Redonda – Os desafios da Pós-Graduação nas Universidades Estaduais
Representantes do Foprop, Abruem, Confap e UEM
Dia 27 de Maio
8h30 – 9h30: As políticas do CNPq para as Universidades Estaduais
Evaldo Vilela – Presidente do CNPq e Márcio Ramos – Diretor Substituto de Relações Institucionais do CNPq
9h30 – 10h30: Apresentação Springer Nature, Bruna Benezatto e Arnaldo Rosin
10h45 – 12h00: Identificação de Prioridades do Segmento/Plenária com André Guimarães – Presidente do Segmento das Universidades Estaduais
12h-13h: Visita ao Complexo de Centrais de Apoio a Pesquisa da UEM
Serviço: A programação do evento pode ser acompanhada, em tempo real, por meio do canal da UEM, no Youtube
Saiba mais sobre o Foprop: Os Pró-Reitores de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação das Universidades Brasileiras são congregados em um fórum denominado Fórum Nacional de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-graduação (Fropop).
Esse fórum é dividido em alguns segmentos como o das Universidades Estaduais, o das Universidades Federais e o das Universidades Privadas e Comunitárias. Anualmente esses segmentos realizam Encontros.
Também é realizado anualmente o Encontro Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação das Instituições de Ensino Superior Brasileiras, um encontro nacional que reúne todos os segmentos.
Este ano a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá organiza o evento. A atividade é realizada uma vez por ano. Este é o primeiro encontro presencial do segmento das universidades estaduais, depois da pandemia com a participação de pró-reitores de pesquisa, pós-graduação e Inovação de todo o país. O evento é do Foprop.
Fonte: ASC-UEM