Chefia da Delegacia da Mulher de Maringá pode ter mudança e vereadora quer uma delegada para o cargo

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A Delegacia da Mulher está pronta para receber novas denúncias Foto: Arquivo

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Ao tomar conhecimento que está para ocorrer mudança no comando da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher em Maringá (Deam), a vereadora e procuradora da Mulher na Câmara de Maringá Professora Ana Lúcia Rodrigues (PDT) se apressou em solicitar à Secretaria de Estado da Segurança para que desta vez seja designada uma delegada para assumir a delegacia. Há um ano e meio a Delegacia da Mulher de Maringá é dirigida por um homem.

 

A vereadora encaminhou um documento na manhã desta quarta-feira, 4, ao gabinete da Secretaria pedindo para que seja reconsiderada a decisão de um outro homem ser nomeado ao cargo. Segundo ela, no Estado do Paraná tem 50 delegadas aptas a serem nomeadas para a função, o que não justifica mais que homens estejam à frente de delegacias da Mulher. Em junho de 2021, quando um homem foi nomeado pela primeira vez para ocupar a função na Delegacia da Mulher de Maringá, a justificativa era de falta de delegadas, o que, segundo a vereadora, não é mais o caso. Desde 1985, quando foi criada, a Delegacia da Mulher de Maringá sempre foi dirigida por delegadas.

“Fui informada por fontes não oficiais que, a exemplo do que ocorreu em junho de 2021, mais uma vez um homem será designado a ocupar a função. Com o ofício, acredito e espero que a nomeação de uma mulher como delegada titular da Delegacia da Mulher seja efetivada”, declara a Professora Ana Lúcia.

Vereadora Ana Lucia Rodrigues mobilizou a comunidade em junho do ano passado para convencer a Secretaria da Segurança Pública a nomear uma mulher para o cargo     Foto: Marquinhos Oliveira/CMM

Assim como ocorreu na época, a vereadora afirma que não se trata de juízo de valor quanto a competência técnica do homem, mas, “trata-se de garantir a conquista histórica da presença de uma delegada mulher na DEAM, como também permanecer de acordo com premissas legais, fundamentalmente a Lei Maria da Penha, que dispõe sobre a dignidade do acolhimento à mulher vítima de violência no momento em que recorre ao Estado em busca de proteção”.

 

Em junho do ano passado, a então delegada da Mulher de Maringá, Luana Lopes, pediu transferência para Apucarana. Para seu lugar foi designado o delegado Rodolfo Vieira, que estava em Marialva. Houve muita reclamação de entidades, como Ordem dos Advogados, Fórum das Mulheres, Procuradoria da Mulher na Câmara e outras, mas a Secretaria de Segurança Pública justificou a escolha de um homem por falta de delegadas mulheres disponíveis para transferência para Maringá.

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