Mesmo com chuva, Virada Cultural é vista por mais de 12 mil pessoas

Público prestigiou shows de Gabriel O Pensador e Negra Li na Virada Cultural neste fim de semana

Negra Li fez o público cantar junto sucessos como "Você vai estar na minha" e o tema da novela Vai na Fé Foto: PMM

Chuva durante o dia inteiro e nas noites do sábado e domingo limitou a presença do público às atividades oferecidas gratuitamente pela Virada Cultural 2025, mas cerca de 12 mil pessoas enfrentaram a instabilidade do tempo e prestigiaram o evento realizado pela prefeitura de Maringá.

A organização calcula que cerca de 7 mil pessoas acompanharam o último dia da Virada, neste domingo, 16, tanto no Parque do Ingá, onde aconteceu a Viradinha Cultural, com programação voltada para crianças, quanto na Vila Olímpica, que teve atividades desde as 15 horas até por volta das 22 horas, quando foi encerrado o show da cantora Negra Li.

Minha Página AMP

O secretário de Cultura Tiago Valenciano avaliou que a edição de 2025 foi marcada por diversidade e oportunidades. “A Virada Cultural segue impulsionando as manifestações artísticas, a inclusão, o entretenimento e a movimentação da economia. Mesmo com a chuva, os dois dias de Virada Cultural somaram cerca de 12 mil pessoas”, reforçou.

 

Vai na Fé com Negra Li

Referência do rap feminino no País, a cantora Negra Li encerrou a Virada Cultural 2025 revisitando grandes sucessos de sua carreira, como “Você Vai Estar na Minha”, “Vai dar Certo”, música que foi tema de abertura da novela “Vai na Fé”, da Globo,  e “1 minuto”, além de apresentar composições do álbum mais recente, ‘O Silêncio que Grita’.

O álbum, que foi lançado em junho, faz parte do novo projeto de celebração aos 30 anos de carreira de Negra Li e  traz grande foco na lírica com letras que discutem questões raciais, empoderamento e resistência.

 

 

“Éramos muitas mulheres, mas poucas com visibilidade”

A rapper que transita também por outros estilos musicais, além de ser atriz de cinema e tevê, Negra Li recebeu a equipe da Imprensa da Prefeitura e destacou a importância de eventos culturais gratuitos para a comunidade, como a Virada Cultural de Maringá.

“É uma excelente oportunidade para nós, artistas, estarmos onde o nosso público está. Eu sou consciente de que eu tenho um público trabalhador, um público que nem sempre consegue ter o luxo de comprar um ingresso, de pensar em ir a shows”, disse.

A rapper é símbolo de representatividade para mulheres negras e jovens da periferia. Sua trajetória, iniciada nos anos 1990, abriu caminhos para outras cantoras e consolidou temas como autoestima, empoderamento e identidade na música brasileira.

“Fico muito feliz de ter crescido o número de minas dentro do movimento [hip hop]. E por ver que elas são independentes, conseguem fazer o trabalho delas do jeito que elas imaginam, do jeito que elas idealizam. Na minha época, nos anos 90, havia muitas mulheres, mas poucas com visibilidade. A gente tinha um grande desafio, que era sermos respeitadas, ouvidas e que acreditassem em nós, porque a mulher sempre foi muito subestimada. Se é hoje, imagina naquela época e dentro do rap, um ambiente dominado por homens”, destacou.

 

Veja também

Sair da versão mobile