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Meio Ambiente promove reunião com o Codem
Com o objetivo de expor o problema do lixo reciclável e a necessidade de seu reaproveitamento no município, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente promoveu nesta terça-feira (27), importante reunião na sede da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim).
Apresentado pelo secretário Umberto Crispim de Araújo, o palestrante Luiz Antonio Bertussi Filho, engenheiro sanitarista de uma empresa que atende 25 cidades do Paraná e Santa Catarina, falou e debateu durante uma hora com lideranças especialmente convidadas, entre elas o vice-prefeito Cláudio Ferdinandi, o presidente do Codem e do Instituto Terra Roxa, engenheiro José Carlos Valêncio; representantes da ACIM, do Sindimental e do Sindvest, etc.
O especialista citou, calcado em estatísticas de centrais de reaproveitamento, percentuais e valores dos produtos reciclaveis que diariamente a população descarta não só aqui, mas também em países adiantados da Europa. Sobre a reclamada frequência de coleta, foi citado que em Paris, por exemplo, o lixo orgânico é coletado duas vezes por semana, o reciclável outras duas vezes e o vidro, uma vez por semana. Também despertou curiosidade dos presentes ao assinalar a variedade de classificação de produtos que, para leigos, seriam um só: o vidro é distribuido em seis tipos durante a reciclagem e a indústria quer cacos, não garrafas; sete tipos de papel, cerca de vinte tipos de plástico.
Outras questões pontuais: para que a reciclagem do lixo seja um processo permanente e viável, como em cidades europeias há necessidade de que haja separação em cada residência. Também não há como a reciclagem depender exclusivamente de cooperativas de catadores: Maringá tem cinco cooperativas e funcionam em parceria com a Prefeitura duas, recebendo vidros e produtos eletrônicos.
Tanto Bertussi quanto Crispim defenderam a implantação de uma central de reciclagem para receber todos os produtos que extrapolarem a capacidade das cooperativas, oferecendo empregos permanentes, com direitos trabalhistas e de saúde para os recicladores. Na região de Curitiba esses trabalhadores chegam a ganhar em média mais de R$ 1.500 por mês, sem se exporem aos riscos de arrastar pesados carrinhos pelas ruas, sob sol e chuva, sem quaisquer direitos e com vencimentos imprevisíveis, geralmente abaixo das necessidades de suas famílias.
Também foi destacado que por conta das inconstância dos preços dos produtos recicláveis (em 2008 o preço do papel teve uma queda de R$ 0,30 para R$ 0,03 o quilo), da grande oferta de empregos para a mão-de-obra básica e do constante esvaziamento das cooperativas por falta de faturamento necessários e garantias para os trabalhadores, a solução para a reciclagem do lixo está na constituição de centrais com mão-de-obra contratada. E mais: que mesmo elas, organizadas, são deficitárias, necessidade do amparo permanente do poder público. Exemplo: em Pinhais custa cerca de R$ 160 mil por mês e a venda dos produtos, em leilões, pela prefeitura, rendem cerca de R$ 35 mil.
Segundo o presidente do Codem a reunião foi importante para iniciar a busca da solução necessária. Para o secretário do Meio Ambiente, o apoio de entidades tão representativas é importante para as iniciativas que estão sendo tomadas pela administração do prefeito Roberto Pupin: “Não viemos aqui discutir o que não foi feito. Estamos aqui expondo o problema, imbuídos da responsabilidade de resolve-lo com transparência e com o apoio deste importante setor da comunidade”.
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Fonte: Prefeitura de Maringá – Arquivo
Jornal O Maringá