Mutirão de coleta de vidro e sucatas eletrônicas no Willie Davids

A Prefeitura instalou nesta sexta, 28, ponto de coleta entre o Estádio Willie Davids e Restaurante Popular (Avenida Duque de Caxias). Em poucas horas já contava com inúmeros computadores, celulares e eletrodomésticos antigos, como televisores e máquinas de escrever. A ação prossegue neste sábado, das 9 às 16 horas, e é realizada pelas secretarias de Meio Ambiente e Bem Estar Animal (Sema) e de Serviços Públicos (Semusp).

O mutirão é promovido mensalmente e nas três primeiras edições recolheu 22 toneladas de sucatas eletrônicas e vidros. A ação, que no próximo mês será realizada no Conjunto Borba Gato, reduz passivos ambientais, economiza gastos com aterro de recicláveis e previne a comunidade de doenças provocadas pela destinação incorreta.

O gerente de Educação Ambiental da Sema, Júlio César Rodrigues, destacou a participação da comunidade. “Antes mesmo de iniciar o mutirão muitas pessoas, principalmente idosos, estavam com os produtos para a destinação. Lembramos para essas pessoas o valor da ação e o quanto é importante divulgar o mutirão para familiares e conhecidos”, afirmou.

A diretora de Coleta Seletiva da Semusp, Aline Gava, lembra que os produtos são repassados por cooperativas especializadas, formadas por famílias de baixa renda, e ressaltou a necessidade da colaboração da comunidade. “A renda dos cooperados depende também do estado dos materiais recicláveis. Além de ajudar o meio ambiente, quem participa do mutirão também dá sua contribuição social”, enfatiza.

A trituração do vidro é feita na própria cooperativa que comercializa com empresa de reciclagem paulista na fabricação de copos, pratos e embalagens conforme a qualidade do material. Nos eletrônicos são separados o plástico, cobre, alumínio, além de outros metais e materiais destinados a empresas de reciclagem paulistas e paranaenses. Como no caso dos vidros, a fabricação de um novo produto depende da qualidade e o tipo de materiais. 

Entre os metais pesados presentes no lixo eletrônico estão o chumbo, cádmio, mercúrio, chumbo, arsênio, berílio extremamente nocivos à saúde. Além do câncer, alergias e problemas nos sistemas nervoso, endócrino e imunológico, a destinação incorreta desses produtos contaminam o solo e águas subterrâneas, comprometendo qualidade da água e a vida da fauna aquática.

Lâmpadas fluorescentes devem ser destinadas exclusivamente aos revendedores, conforme a logística reversa da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para facilitar a destinação, a Sema firmou parceria com empresa especializada e disponibilizou pontos de coleta nas redes dos supermercados Cidade Canção e Super Muffato.