O Pequeno Principe

“O Pequeno Príncipe”, clássico de Saint-Exupéry publicado pela primeira vez em 1943, é um dos livros mais vendidos na história da literatura mundial. Estima-se que tenha sido traduzido para cerca de 280 idiomas e vendido mais de 150 milhões de cópias.

O sucesso de popularidade, que mantém o livro, ainda hoje, na lista dos best-sellers, rendeu inúmeras adaptações: filmes, musicais, teatro, desenho animado… No Japão existe até mesmo um museu dedicado à obra, em Hakone, na província de Kanagawa. Existem até homenagens no Brasil, onde é nome de avenida em Florianópolis e de hospital em Curitiba.

O livro também tem uma continuação: “O Retorno do Pequeno Príncipe”, lançado em 2019 como um “apêndice” da obra original – uma homenagem a todos os fãs de Saint-Exupéry e também um convite para quem ainda não conhece a obra original do francês.

Li o livro original pela primeira vez quando era criança e, depois de muitas releituras, ainda acho que o melhor adjetivo para o descrever é: incrível! A história fala diretamente com a criança interior que existe em cada adulto, em maior ou menor parte, e preenche o vazio que comumente o mundo, duro e ácido, tenta transcorrer em doses de desesperança. Em cada leitura eu me deixei encantar pelo garoto vindo do espaço que queria um desenho para guardar seus carneiros e dei asas à minha imaginação.

Foi com certa relutância que escolhi este título, de minha autoria, como sugestão semanal. Mas, além da grande incógnita a respeito do desenho que pode ser um chapéu ou uma jiboia engolindo um elefante, eu ainda alimentava outras dúvidas. O que aconteceu com o Pequeno Príncipe? Ele, enfim, voltou a encontrar sua rosa? “O Retorno do Pequeno Príncipe” é minha resposta. O elefante que minha criança interior enxergou dentro da jiboia de Saint-Exupéry. 

Meu amigo Adalberto de Oliveira, escritor, professor de literatura francesa na UEM, é o responsável pelo posfácio – que em si já é um presente literário para a compreensão do livro.

O crítico literário Antonio Candido sempre afirmava que “a sociedade precisa de comida, bebida e, acima de tudo, sonhos e imaginação – e que a literatura faz isso com as pessoas de forma única”. Fica então o convite para o leitor conhecer meus sonhos e minha imaginação em forma de livro.

 

Janeiro branco

Neste mês de promoção à saúde mental é tempo de exercitar o cérebro, fazer palavras-cruzadas, montar quebra-cabeças… Para incentivar na atividade “O Retorno do Pequeno Príncipe” possui, no final do livro, bonecos em papercraft para montar, brincar e colecionar.

Poema especial para os fãs de O Pequeno Príncipe…

Jornada viva

A batida do seu coração

Se chama vida

A jornada se chama

Constelação

Eu sou uma raposa

Eu sou uma baobá

Na esquina do seu coração

Eu sou um artista

Eu sou um piloto

Que precisa desenhar

O seu caminho que não é torto

É um príncipe a navegar

É um príncipe no céu 

E as estrelas vão te fazer conversar

Em aquarela

Em pincel

Em lápis colorido

Em giz de cera

Eu pinto as memórias do meu iluminar.

Roberth Fabris

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