Chefão que poderia encher um cemitério com suas vítimas morre na Itália

O último poderoso chefão da máfia torturou menino de 12 anos durante dois anos e o matou com ácido

chefão Matteo Messina Denaro

Chefão Matteo Messina Denaro foi preso quando já estava com câncer e desde então seu estado só piorou Foto: Oficina Prensa Carabineros de Italia/AFP/Arquivos

O Último chefe da Casa Nostra na região de Trepani, na Sicilia, Itália, morreu nesta segunda-feira, 25, aos 61 anos. Matteo Messina Denaro estava com câncer de cólon quando foi preso em janeiro após passar 30 anos foragido. Segundo as agências, o estado de saúde do chefão piorou nas últimas semanas e ele foi transferido para um hospital da prisão de segurança máxima no centro de Itália.

Na sexta-feira, o hospital informou que ele entrou em um “coma irreversível” e já não recebia alimentação. Denaro pediu para não ser reanimado, em caso de morte.

Messina Denaro foi, durante muitos anos, uma figura de destaque da Cosa Nostra, o sindicato do crime siciliano que inspirou os filmes “O Poderoso Chefão”.

Foi um dos mais cruéis, condenado 20 vezes à prisão perpétua, entre elas, por participação no assassinato do juiz antimáfia Giovanni Falcone, em 1992.

Denaro também foi condenado por participar de uma série de atentados em Roma, Florença e Milão, em 1993, que mataram dez pessoas, e por ter ajudado a organizar o sequestro de Giuseppe di Matteo, de 12 anos, para tentar dissuadir o pai do menino de prestar depoimento contra a máfia. O menino foi detido por dois anos e depois assassinado.

Segundo as investigações, ele mandou matar com ácido o menino, que era filho de um membro da Cosa Nostra que se arrependeu e deixou o grupo.

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