Morreu em São Paulo, aos 100 anos, Clara Charf, a ativista de esquerda que foi companheira de Carlos Marighella e uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores (PT), com uma trajetória que inclui militância partidária, resistência à ditadura, exílio e atuação em movimentos internacionais.
Clara nasceu em Maceió (AL), em 1925, filha de pais judeus russos que fugiram da Europa em busca de refúgio. Estudou inglês e piano e, ainda jovem, mudou-se com a família para o Recife. Mais tarde, viveu grande parte da vida em São Paulo, onde em 2019 recebeu o título de cidadã paulistana.
Aos 21 anos, Clara ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), iniciando sua trajetória política. Durante a ditadura militar, integrou organizações de resistência, como a Ação Libertadora Nacional (ALN), atuando contra a repressão e na defesa da democracia. Após o assassinato de Marighella em 1969, Clara viveu exilada em Cuba, retornando ao Brasil dez anos depois, quando ajudou na construção do PT.
A professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) Tânia Tait conheceu Clara Charf alguns anos atrás e escreveu sobre como esse encontro a impactou. Veja
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