Morre a atriz Cláudia Jimenez, a Cacilda da “Escolinha do Professor Raimundo”

Atriz trabalhou em várias novelas e filmes, mas ficou marcada por papéis em programas humorísticos

cláudia jimenez

Morreu na manhã deste sábado, no Rio de Janeiro, a atriz Cláudia Jimenez, famosa por papeis em novelas da Globo e por papeis marcantes em programas humorísticos, como a Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo, a doméstica Edileuza do Sai de Baixo. Ela tinha 63 anos e estava internada no Hospital Samaritano Botafogo.

Cláudia Maria Patitucci Jimemez nasceu no Rio de Janeiro e, além de atriz de TV, teatro e cinema, foi dubladora e roteirista. Há mais de 30 anos ela foi submetida a tratamento de um câncer na região torácica e, consequentemente, teve os tecidos do coração afetados, sendo submetida a cirurgias.

Cláudia Jimenez como Edileuza, a empregada doméstica que mandava mais do que as donas da casa Foto: Reprodução

Quem foi Claudia Jimenez

Ela iniciou a carreira na televisão em 1979 na série Malu Mulher, dedicando-se posteriormente a programas de humor e telenovelas. Esteve ainda em Os TrapalhõesViva o Gordo e Chico Anysio Show, além da série Armação Ilimitada. Atuou também nos teatros cariocas, um começo que ela dizia ter sido muito difícil.

O reconhecimento veio como a inesquecível Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo, do Chico Anysio, em 1990. Ali, ela usou o bordão “beijinho, beijinho, pau pau”, em referência ao “beijinho, beijinho, tchau, tchau”, de Xuxa. Seu trabalho no programa lhe rendeu o Prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1991.

Com dona Cacilda, é beijinho, beijinho e pau, pau    Foto: Reprodução

Claudia Jimenez teve papéis importantes em novelas como Torre de Babel e As Filhas da Mãe, e deu vida à Edileuza, empreda de Sai de Baixo, todas na Rede Globo.

Participou, ainda, de Os Normais, em 2002. Entre outros trabalhos da atriz, está atuação nas novelas Haja Coração, que foi seu último trabalho em novela, em 2016, As Filhas da MãeAméricaSete Pecados e Negócio da China.

Em 2000, Claudia Jimenez estava com 45 anos e sofreu um enfarto. Quatro pontes de safena depois, ela passou a reavaliar toda a sua carreira. “Quando se tem 40 anos e descobre a fragilidade da vida é normal que as coisas não continuem como eram antes”, disse Claudia em entrevista ao jornal Estadão em 2004, quando se preparava para estrear, em São Paulo, a peça Pequeno Dicionário Amoroso, de Jorge Fernando.

Sair da versão mobile