Morreu na noite desta quinta-feira, 25, aos 77 anos, Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã do Sambódromo, tendo conquistado sete títulos: 1982 (antes da Marquês de Sapucaí), 1994, 1995, 1999, 2000, 2001 e 2013. Ela sofreu um infarto fulminante.
Além de carnavalesca, Rosa Magalhães foi figurinista, professora e cenógrafa. Fora do carnaval das escolas de samba, Rosa Magalhães teve a responsabilidade de fazer a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em 2007, ela foi a responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e recebeu o mais importante prêmio da televisão mundial, o Emmy de melhor figurino. Em 2021, a artista recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).
A carnavalesca começou a carreira como assistente, em 1970, no Salgueiro. No ano seguinte, a escola foi campeã. Em 1982, Rosa se tornou campeã pela primeira vez como carnavalesca, no Império Serrano. Ao lado de Lícia Lacerda, venceu com “Bum bum paticumbum prugurundum”.
Em 1987, também ao lado de Lícia Lacerda, sacudiu a Sapucaí com “Ti-ti-ti do sapoti”, levando a Estácio ao quarto lugar.
Cinco anos depois, com a morte de Viriato Ferreira, Rosa passou a assinar sozinha o carnaval da Imperatriz Leopoldinense. A carnavalesca fez história na escola, conquistando cinco títulos (1994, 1995, 1999, 2000 e 2001).
O último título foi em 2013, na Unidos de Vila Isabel. Em 2023, Rosa foi carnavalesca no Paraíso do Tuiuti, conquistando o oitavo lugar.
Além do Carnaval, Rosa venceu um prêmio Emmy na categoria figurino pelo trabalho na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Já em 2016, a carnavalesca foi responsável pela cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos do Rio. A festa teve Martinho da Vila cantando “Carinhoso” e muito samba.
Para Fábio Fabato, jornalista e amigo da carnavalesca, Rosa merece estar no mesmo altar de artistas como Tarsila do Amaral e Candido Portinari.
“Rosa foi a maior fazedora da maior das festas populares do planeta. Só isso já bastaria para ser considerada uma das grandes artistas brasileiras de todos os tempos. Uma capacidade única de descobrir histórias e contar para as pessoas a partir de uma linguagem inventada pelo Brasil: o desfile das escolas de samba.”
Rosa também trabalhou como cenógrafa de várias novelas e séries da TV Globo.
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