Foi encontrado morto em sua casa o engraxate José Xavier, o popular Baianinho, que há quase 60 anos tinha sua cadeira de engraxar na esquina da Avenida Getúlio Vargas e Rua Santos Dumont. Ele tinha 70 anos e cresceu trabalhando como engraxate, sempre no mesmo local.
Não se sabe ainda a causa da morte. Como não aparecia desde quarta-feira e nem atendia ligações telefônicas, seu filho Jean foi procurá-lo em casa e o encontrou morto.
Baianinho deixa sete filhos. Em 2017 ele recebeu título de Cidadão Benemérito de Maringá, outorgado pela Câmara Municipal, era pioneiro vindo da Bahia, da cidade de Jacobina.
Segundo ele próprio contava, não conheceu nem o pai, nem a mãe, viveu uns tempos com tios, mas fugiu deles e foi criado pelo mundo. Antes de começar a engraxar, trabalhou na colheita de café, vendeu salgados e sorvetes, mas deu certo como engraxate, em uma época que Maringá tinha centenas de meninos engraxando, a maior parte deles na área central. Como na época Maringá quase não tinha asfalto, engraxar sapatos era uma profissão rentável para quem conseguisse manter uma freguesia.
Por enquanto não há informações sobre o sepultamento e possivelmente não aconteça velório.