Morreu neste domingo, 29, o ex-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz Jimmy Carter. Ele tinha 100 anos e morreu em sua residência, em Plains, Geórgia, de acordo com seu filho James E. Carter III, que não indicou a causa da morte.
Ele deixa quatro filhos, John W. “Jack” Carter, James E. “Chip” Carter III, Donnel J. “Jeff” Carter e Amy Carter; 11 netos; e 14 bisnetos.
Membro do partido Democrata, Carter foi eleito presidente em 1976, mas não conseguiu a reeleição.
Ele vinha enfrentando sérios problemas de saúde e em 2015 chegou a ser diagnosticado com um melanoma que havia se espalhado para o fígado e o cérebro. Após o tratamento, os médicos disseram que ele desafiou as probabilidades, e Carter anunciou no final daquele ano que estava livre do câncer.
Carter foi ex-presidente americano que mais viveu após o término do mandato, entre 1977 e 1981. Desde 2023, ele optou por passar seus últimos dias em casa, sob cuidados paliativos e próximo da família. Em novembro, a esposa de Carter, Rosalynn Carter, morreu aos 96, também em cuidados paliativos em casa.
O ex-presidente ficou conhecido tanto por sua diplomacia após deixar o cargo e obras de caridade quanto por seu mandato único e economicamente turbulento. Com a promessa de nunca mentir para o público americano, ele se posicionou como o antídoto reformista para uma era de profunda desconfiança política após Watergate e a Guerra do Vietnã e ganhou a presidência em 1976.
Lula diz que Carter atuou contra a ditadura militar no Brasil
O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva lamentou, na noite deste domingo, a morte do ex-presidente americano Jimmy Carter. Para Lula, Carter foi um “amante da democracia” e “defensor da paz”.
Em uma nota publicada em uma rede social, Lula lembrou a atuação da Carter, durante a ditadura militar no País, pela libertação de presos políticos pelo regime.
“Jimmy Carter foi senador, governador da Geórgia e presidente dos Estados Unidos. Foi, acima de tudo, um amante da democracia e defensor da paz. No fim dos anos 70, pressionou a ditadura brasileira pela libertação de presos políticos. Depois, como ex-presidente, continuou militando pela promoção dos direitos humanos, pela paz e pela erradicação de doenças na África e na América Latina”, afirmou Lula.