O jornalismo perdeu nesta sexta-feira, 15, Jary Mércio Almeida Pádua, que fez parte da primeira turma do Jornalismo da TV Cultura de Maringá, hoje RPC, há 50 anos, e por mais de 10 anos foi editor do Caderno de Cultura do jornal O Diário do Norte do Paraná.
Ele tinha 70 anos e ultimamente morava em Campinas, em São Paulo, e retornou para Maringá para tratar um câncer. Jary deixa viúva e três filhos, todos adultos, além de netos e a mãe, dona Cary, que está com 88 anos.
O antigo editor de Cultura do O Diário será lembrado como apaixonado por música, cinema e teatro, leitor inveterado e amante de boas conversas. Como jornalista, fica a lembrança de alguém para quem a ética estava acima de tudo.
Como editor, sempre brigou por sua equipe. Ele brigou literalmente para que O Diário contratasse jornalistas jovens que eram colaboradores do caderno de Cultura e assim profissionais como Wilame Prado, Alexandre Gaioto e Ana Luiza Verzolla tiveram o primeiro registro como jornalista na Carteira Profissional.
Sempre ligado às artes, Jary foi também autor de livro, fez letra de música, teve música gravada e até fez parte de uma banda, mesmo sem saber nenhum instrumento. Também se arriscou no cinema. No final da década de 1970, participou como ator no filme “A Hora dos Ruminantes”, do cineasta José de Anchieta, que foi rodado na região de São José do Rio Preto, sua cidade natal.

Além da TV Cultura de Maringá e O Diário do Norte do Paraná, Jary Mércio fez carreira em Campinas, onde trabalhou em diversos jornais, foi correspondente da Agência Estado e prestou serviços para universidades.
Veja também