Está acontecendo na Capela do Prever da Zona 2 o velório da advogada, professora e ex-vereadora de Maringá Lizete Ferreira da Costa, que morreu na manhã desta segunda-feira, 7, aos 76 anos. Ela sofreu um infarto enquanto tomava café na casa de repouso em que morava há mais de 15 anos e morreu na hora, sem tempo para socorro médico.
O horário do sepultamento ainda não foi divulgado pela família.
Lizete foi a segunda mulher eleita para a Câmara de Maringá, em 1976, e teve um mandato junto com 20 vereadores do sexo masculino, já que naquela época a Câmara de Maringá tinha 21 cadeiras.
Ela foi eleita fazendo campanha como professora. Mulher de fácil comunicação e com o apoio de outros professores, convenceu boa parte da população que estava na hora de a Câmara ter um representante da Educação. Também falava das vantagens de se ter mulher na Câmara.
Fim do mandato, começa a descida para Lizete Ferreira
Após o mandato, em 1981, ainda continuou fazendo política, foi secretária Municipal e depois achou que devia viver como advogada. Mas, começou a ficar sem rumo por perder a base familiar ao se separar do marido, um médico descendente de japonês com quem tinha três filhos.
Viveu com um juiz de Direito, mas o casamento fracassou logo e assim a mulher que morava em um casarão da Zona 5 foi descendo para outras regiões da cidade, vivendo em casas cada vez menores, inclusive em uma de apenas dois cômodos no Maringá Velho.
Sem casa, foi para hotéis carregando suas roupas e seus livros. E foi mudando para hotéis cada vez piores. Já não conseguia trabalhar como advogada e não voltou para a sala de aula.
A situação de Lizete Ferreira da Costa só parou de afundar quando os filhos, a esta altura formados e morando em outras cidades, entraram em cena para levá-la para uma casa de repouso.
Foi viver no Residencial Geriátrico Maanaim, no Jardim Cidade Alta II, estabelecimento de alto padrão, onde, na época, era a mais jovem das internas, serelepe, o tempo todo andando para lá e para cá, falava mais do que o homem da cobra e divertia os companheiros e funcionários da casa.
Era gente considerada no Maanaimm. Recebia visitas importantes. Até o prefeito Ulisses Maia aparecia por lá para bater papo com a ex-vereadora.