Está sendo velado desde a manhã desta sexta-feira, 9, na sala 1 do Prever do Cemitério Parque, o bancário aposentado Luiz Massaharu Inaba, que fez carreira no Banco do Brasil, mas é mais lembrado pelo amor ao karatê. Ele tinha 72 anos e deixa viúva dona Saira, com quem completaria 50 anos de casados no ano que vem; os filhos Miriam, Silvia e Anderson e cinco netos.
A família fez questão de que Luiz Inaba estivesse com seu kimono e suas faixas nesta última viagem para simbolizar sua paixão pelo karatê. Em casa, o comum era dizer que o banco era o meio de vida e o karatê era a vida, pois lutou desde que era criança em Arapongas, onde nasceu, passou a vida lutando onde quer que o BB o mandasse e só saiu do tatami quando as condições físicas não permitiram mais.
Como bancário, Luiz Inaba foi enviado para trabalhar em diferentes regiões do Brasil e foi quando morou e trabalhou no Mato Grosso do Sul que ele conheceu Saira. Namoraram, casaram, mas o banco continuava mandando-o para diferentes regiões e ele sempre com aquela vontade de voltar para sua região, o norte/noroeste do Paraná.
Quando já estava aposentado e morando no interior do Estado de São Paulo, o sonho de retornar para sua região virou realidade quando a filha Silvia foi aprovada no Vestibular de Química da Universidade Estadual de Maringá, a UEM. E o casal sabia que logo chegaria o momento de os outros filhos também entrar para a UEM.
Em Maringá e aposentado, Luiz pode dedicar-se ao karatê. Lutou, ensinou e divulgou a arte marcial que o acompanhou desde a infância. Tornou-se uma das principais referências do karatê no Paraná.
No tatami, foi um vencedor, na vida foi um vencedor, mas perdeu sua última luta para um câncer diagnosticado há um ano. Luiz Inaba vai, mas leva consigo seu kimono e suas faixas, companheiros de uma vida inteira.
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