Morre Lygia Fagundes Telles, autora de “Ciranda de Pedra” e “As Meninas”

Lygia Fagundes Telles

Lygia Fagundes Telles FOTO: MARCIA ZOET /AE

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Morreu na manhã deste domingo, 3, em São Paulo, a escritora Lygia Fagundes Telles, dama da literatura nacional, uma das mais amadas escritoras brasileiras. Ela tinha 98 anos e morreu de causas naturais, em casa.

Prosadora celebrada por grandes nomes da crítica literária brasileira, integrante da Academia Brasileira de Letras desde a década de 1980, Lygia recebeu vários prêmios ao longo da carreira, tais como o Camões (2005), e o Jabuti (1966, 1974 e 2001). Ela tem obras traduzidas para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal, além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e TV.

Lygia nasceu em São Paulo filha de mãe pianista e pai advogado. Estudou na Escola Caetano de Campos, colégio tradicional da cidade.

Em seguida, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, da Universidade de São Paulo, onde se formou. Quando era estudante do pré-jurídico, a jovem cursou a Escola Superior de Educação Física da mesma universidade.

 

Incentivada pelos melhores de seu tempo

 

Ainda na adolescência manifestou-se a paixão e vocação para a literatura incentivada pelos seus maiores amigos, os escritores Carlos Drummond de Andrade e Erico Verissimo.

Lygia com o poeta Manuel Bandeira

Lygia considerava Ciranda de Pedra (1954) o marco inicial de suas obras completas. No mesmo ano, nasceu seu filho Goffredo da Silva Telles Neto, de seu primeiro casamento. Cineasta, ele viria lhe dar duas netas: Margarida e Lúcia, mãe da única bisneta, Marina.

Ainda nos anos 1950, foi publicado o livro Histórias do Desencontro (1958), que recebeu o Prêmio do Instituto Nacional do Livro.

O segundo romance, Verão no Aquário (1963), Prêmio Jabuti, saiu no mesmo ano em que já divorciada casou-se com o crítico de cinema Paulo Emílio Sales Gomes. Em parceria com ele, Lygia escreveu o roteiro para cinema Capitu (1967) baseado em Dom Casmurro, de Machado de Assis.

A década de 1970 foi de intensa atividade literária e marca o início da sua consagração na carreira. A escritora publicou alguns de seus livros mais importantes: Antes do Baile Verde (1970), As Meninas (1973), Seminário dos Ratos (1977) e o livro de contos Filhos Pródigos (1978).

De acordo com a ABL, a consagração definitiva viria com o Prêmio Camões (2005), distinção maior em língua portuguesa pelo conjunto de obra.

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