Grande destaque como o caipira Calixto Oliveira na novela “O Cravo e a Rosa”, recentemente reprisada pela Globo, o ator Pedro Paulo Rangel morreu nesta madrugada, 21, depois de vários dias internado. Ele tinha 74 anos e uma carreira de mais de 50 anos.
O ator estava internado desde novembro e tratava uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). A causa da morte ainda não foi divulgada pela família. O artista estava no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) da Casa de Saúde São José, na zona sul do Rio de Janeiro, para tratar uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar.
No último dia 14, ele chegou a publicar uma foto no leito do hospital nas redes sociais. Rangel precisou cancelar as apresentações do espetáculo O Ator e o Lobo por causa do problema de saúde. A peça estava em cartaz na Casa de Cultura Laura Alvim, em Ipanema, na zona sul da capital fluminense.
O estado de saúde do ator piorou, e ele precisou ser intubado em 11 de dezembro. O artista começou a despertar após a sedação ser interrompida na semana passada, mas não resistiu. Rangel desenvolveu a doença por causa do do tabagismo. Ele parou de fumar em 1988 e descobriu o problema quatro anos depois.
A doença pulmonar obstrutiva crônica trata-se de uma síndrome que obstrui as vias aéreas e dificulta a respiração. Os principais sintomas são falta de ar ao realizar esforço, pigarro e tosse com secreção que piora pela manhã.
Carreira inicia nos palcos
Nascido no Rio de Janeiro, Pedro Paulo Marques Rangel teve o primeiro contato com o teatro aos 11 anos. Nessa época, escreveu a peça “Quando os Pais Entram de Férias” para que pudesse atuar.
Entrou no grupo de teatro da Igreja de Santa Terezinha, onde conheceu o ator Marco Nanini. Os dois estudaram juntos no Conservatório Nacional de Teatro –atual Escola de Teatro da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio).
A primeira experiência em teatro profissional aconteceu em 1968, na peça “Roda Viva”, escrita por Chico Buarque de Hollanda. Estreou nos folhetins na TV Tupi, onde fez Super Plá (1970) e Toninho on the Rocks (1970).
Depois disto foi para a Globo, onde enfileirou várias novelas, quase sempre em papéis de grande sucesso, o mais conhecido deles o de Calixto Oliveira, de “O Cravo e a Rosa”, novela mais reprisada da história da dramaturgia brasileira.