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Brasil perde o talento e o humor de Luis Fernando Veríssimo, 88 anos

Por Luiz de Carvalho
30 de agosto de 2025
Morre Luis Fernando Veríssimo, um dos maiores escritores do Brasil

Luis Fernando Veríssimo vendeu mais de 5,5 milhões de livros, mas ainda escreveu para TV, rádio e cinema Foto: Mateus Bruxel

O escritor Luis Fernando Veríssimo morreu na madrugada deste sábado, 30, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde estava internado desde o dia 11. A causa da morte foi complicações decorrentes de uma pneumonia, informou o hospital.

O escritor de 88 anos deixa a mulher, Lúcia Helena Massa, três filhos e dois netos.

Verissimo tinha Parkinson e problemas cardíacos – em 2016, implantou um marcapasso. Em 2021, sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), e segundo a família, enfrentava dificuldades motoras e de comunicação.

Quem viu TV Pirata na TV Globo pode não imaginar que também ali estava presente o talento de LFV, que escreveu também para a emissora a série Comédias da Vida Privada produzida durante três anos.

O humor de contos e crônicas marcou sua obra. Entre os personagens mais conhecidos criados por ele estão os de “Ed Mort e outras histórias”, de 1979, “O analista de Bagé”, de 1981 e “A velhinha de Taubaté”, de 1983. Também criou a tirinha “As cobras”, publicada na “Folha da Manhã”, nos anos 70.

Ed Mort virou filme em 1997, estrelado por Paulo Betti, Cláudia Abreu e Otávio Augusto. O Analista de Bagé, que tem até estátua em Bagé (RS), com divã e tudo, foi tirinha, desenho animado, peça de teatro e até filme estrelado por Cláudio Cunha.

 

5,6 milhões de livros

Luis Fernando Verissimo vendeu 5,6 milhões de livros. Ele começou no jornal Zero Hora, de Porto Alegre, como revisor em 1966. No Rio de Janeiro, trabalhou como tradutor.

O primeiro livro, “O Popular”, foi publicado em 1973. Ao todo, Verissimo teve mais de 70 livros publicados e 5,6 milhões de cópias vendidas, entre crônicas, romances, contos e quadrinhos.

O escritor também escrevia colunas para os jornais “O Estado de S.Paulo”, “O Globo” e “Zero Hora”.

Discreto nos hábitos e nas declarações, Verissimo ainda vivia na casa onde cresceu depois do retorno ao Brasil. O imóvel no Bairro Petrópolis, em Porto Alegre, foi comprado em 1941 pelo pai.

O escritório onde Erico trabalhava é conservado intacto pela família. Cercado de livros, Luis Fernando tinha o costume de escrever em outro cômodo da casa, onde também guardava o saxofone e dezenas de discos e CDs de jazz.

Metódico, só interrompia o trabalho quando a mulher, Lúcia, o chamava para o almoço. Já à noite, parava para assistir ao Jornal Nacional. Quando queria curtir seu estilo de música preferido, o fazia sem distrações. “Música é sentar e ouvir”, disse em entrevista em 2012.

 

Talento de pai para filho

Considerado o maior escritor do Rio Grande do Sul na atualidade, Luis Fernando disputa o título de maior escritor gaúcho de todos os tempos com outro Veríssimo, o Érico, seu pai, um dos maiores nomes da literatura nacional, que morreu em 1975 aos 69 anos.

Erico e Luís Fernando Veríssimo

O Veríssimo pai deixou obras como Olhai os Lírios do Campo, O Tempo e o Vento, Senhor Embaixador, Incidente em Antares, entre outras, que renderam filmes, novelas e séries na Globo. Ele dava aulas de literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland e por isso boa parte da juventude do Veríssimo filho aconteceu nos Estados Unidos.

“O pai foi um dos primeiros escritores brasileiros a escrever de uma maneira mais informal. E eu acho que herdei um pouco isso. Essa informalidade na maneira de escrever”, disse LFV sobre o pai.

 

Fazendo humor até da timidez

Quando morou nos Estados Unidos, Veríssimo estudou no Roosevelt High School, em Washington. Foi lá que desenvolveu o gosto pelo Jazz e teve aulas de saxofone. Mas, por trás do saxofone e das páginas dos livros, se escondia um cara tímido.

“Minha timidez é… Por exemplo: tenho horror de fazer isso que estou fazendo agora: dar entrevista, falar em público e tal. Eu sempre digo que não dominei a arte de falar e escrever ao mesmo tempo, são duas coisas que se excluem, então é nesse sentido é que se manifesta a minha timidez”, disse à RBS TV.

Mas, a economia nas palavras não se aplicava às máquinas de escrever e, depois, aos computadores. O autor tímido tinha muita coisa para falar. “Essa é uma das vantagens da crônica. A gente pode ser o que quiser escrevendo uma crônica”.

A cada homenagem que recebia, como quando fez 80 anos, mais provas de que não precisava de longas conversas para arrancar uma risada. “Têm sido tão agradáveis as homenagens, inclusive da família, que eu tô pensando em fazer 80 anos mais vezes”, brincou.

Em entrevista ao programa “GloboNews literatura”, em 2012, ele falou sobre o seu conhecido comportamento introspectivo. Conhecido por respostas concisas em entrevistas, Luis Fernando Verissimo negou que fosse uma pessoa calada. “Não sou eu que falo pouco, os outros é que falam muito”.

 

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Tags: Analista de BagéDestaqueLuis Fernando Verissimo

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