Morre o padre João Caruana, um batalhador das causas sociais e defensor da reforma agrária

padre João Caruana

Em seus sermões, o padre João Caruana sempre se colocava ao lado dos mais pobres Foto: Divulgação

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Morreu na manhã desta terça-feira, 28, vitimado por uma parada cardíaca, o padre John Caruana, de 81 anos, que trabalhou em várias paróquinas da Arquidiocese de Maringá e até em Guajará-Mirim, em Rondônia, na fronteira com a Bolívia. João Caruana, como era chamado desde que chegou ao Brasil, está sendo velado na Paróquia São Silvestre, na Rua Soldado Adivaldo Lopes da Silva, Jardim São Silvestre, e o sepultamento será no Cemitério Municipal de Sarandi, cidade em que trabalhou.

O religioso nasceu em Mosto, no Arquipélegado de Malta, no Mediterrâneo, entre a Sicilia e a costa norte da África, foi ordenado em 1967, com 26 anos, e somente em 1984 mudou-se para o Brasil, vindo direto para a Arquidiocese de Maringá, onde trabalhou nas paróquias Santa Terezinha do Menino Jesus e Nossa Senhora das Graças, em Sarandi, São Silvestre, em Maringá, e por dois anos foi missionário na Diocese de Guajará-Mirim, em Rondônia, na Igreja Irmã da Arquidiocese de Maringá, dentro do projeto Igrejas Irmãs, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Em Guajará-Mirim, padre João Caruana trabalhou ao lado dos bispos dom Geraldo Vernier e dom Moacyr Grechi, dois dos líderes religiosos que, ao assim como dom Pedro Casaldáliga, de São Félix do Araguaia, eram dos mais respeitados do Brasil por sua luta de fundo social. E o padre maringaense se tornou uma figura de proa na defesa da reforma agrária.

Nos últimos anos, já com idade avançada, o padre enfrentou sérios problemas de saúde. Em 2014, João Caruana foi internado em estado grave após sofrer um aneurisma na aorta, a maior artéria do corpo. Dois anos depois, estava em viagem à sua cidade natal, Mosta, nas ilhas de Malta, e ficou tão doente que os médicos não queriam deixá-lo mais viajar para o Brasil.

De acordo com a Arquidiocese, o padre João Caruana deixa um legado de relevante trabalho com as Comunidades Eclesiais de Base CEBs), pastorais sociais e a defesa da reforma agrária”.

Clique aqui e receba notícias pelo WhatsApp

Clique aqui e receba as principais notícias do dia

Sair da versão mobile