Morreu na madrugada deste domingo, 19, o radialista Orlando João Zenaro Manin, lenda do rádio sertanejo do norte/noroeste do Paraná, que por muitos anos foi diretor artístico da Rádio Cultura de Maringá e gerente de outras emissoras do grupo liderado por Samuel Silveira e Joaquim Dutra. Locutor de programas sertanejos e animador de auditório, Orlando Manin era a referência para centenas de duplas sertanejas das décadas de 1960 e 1970 e foi testemunha do nascimento do pagode, batida criada pelos violeiros Tião Carreiro e Zorinho em uma sala da Rádio Cultura.
Coronel do Rancho, como ficou conhecido nos programas sertanejos, tinha 85 anos. O corpo está sendo velado na Capela Prever em frente ao Cemitério Municipal e o sepultamento será às 17 horas.
Orlando deixa viúva dona Leonor.
Orlando Manin viu o rádio nascer em Maringá
Orlando Manin é o caçula dos sete filhos dos pioneiros maringaenses Hermínio e Filomena Manin. Chegou a Maringá quando tinha 12 anos, em 1950, foi auxiliar de projetista no Cine Maringá e entrou na Rádio Cultura com 15 anos, como operador de som. Daí em diante, fez de tudo, o que lhe deu experiência para gerenciar várias emissoras, três delas em Maringá.
Já há alguns anos que Orlando deixou de falar na latinha, que era como os locutores antigos se referiam ao microfone, mas não por falta de voz ou de paixão pelo rádio. Foi simplesmente porque considerou que as emissoras AM acabaram e as FMs usam um estilo diferente daquilo que ele sempre fez.
Seu trabalho em prol da música sertaneja de raiz é reconhecido e está no livro do historiador João Laércio Lopes Leal sobre a história da cultura maringaense e estará em um livro que está sendo preparado pelo jornalista Donizete de Oliveira.
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