Maringá perdeu na última terça-feira, 13, o pioneiro Werno Klöckner, que completaria 88 anos no próximo dia 25, sendo 69 deles vividos em Maringá. Patriarca de uma grande família, ‘seo’ Werno comemorou em dezembro 65 anos de casamento com dona Elvira, também pioneira maringaense.
Werno nasceu em Arroio do Meio, pequena cidade da região central do Rio Grande do Sul, que na época tinha praticamente toda sua economia calcada na produção agrícola. Sem ver futuro na cidadezinha, os irmãos mais velhos começaram a buscar oportunidades em outras cidades e um deles, Ervin, conheceu Maringá e seu mudou para a cidade que estava ainda sendo povoada, em 1954.
Rosário perdido dá sorte
Werno tinha 19 anos quando deixou Arroio do Meio para vir trabalhar em uma loja de confecções em Maringá, chamado pelo irmão Erwin e a cunhada Diva, que tinham chegando pouco antes. Coincidência, no mesmo ano a jovem Elvira Caetana Coin, também vinda do Rio Grande do Sul, chegava para morar em Maringá com a irmã Zaíra, que tinha chegado dois anos antes, e o cunhado José.
Embora Werno e Elvira tenham vindo do Rio do Grande do Sul, não se conheciam, mas como ambos frequentavam as missas dominicais na Catedral, logo um percebeu o outro, mas a timidez não permitiu ainda que se aproximassem.
Tudo começou numa bela manhã de domingo, ao fim de uma missa. Elvira sem perceber deixou cair o rosário e Werno, que naquele instante a admirava, percebeu e tratou de resgatá-lo o mais rápido possível. Seguindo Elvira com a intenção de devolver o rosário, chegou a casa onde ela morava com a irmã, e desta forma, conversaram pela primeira vez.
Os olhares se cruzaram, se conheceram, namoraram dois anos e se casaram na mesma igreja onde se conheceram. O casal teve seis filhos, sendo quatro homens e duas mulheres. Agora já conta também 12 netos e quatro bisnetos. E tudo isso começou com um rosário que caiu.
Werno da Elite Magazine
A vida inteira Werno Klöckner trabalhou no comércio. Há muitos anos fundou com um irmão a loja A Exposição, depois foi para a Renner, foi gerente da Elite Magazine e depois passou a trabalhar com produtos para a agricultura por meio de marcas como PAI, Fertiza e Cargill.
Durante o velório, muitos pioneiros marigaenses compareceram para se despedir do velho amigo, muitos deles contando histórias dos primeiros da cidade e da importância de Werno em suas vidas. Também nas redes sociais várias pessoas falaram da perda que Maringá sofria com a morte de Werno Klöckner.
