Paraná inicia a soltura dos primeiros Wolbitos, o Aedes aegypti que não transmite dengue

Paraná inicia a soltura de Wolbitos

Em todo o Brasil, várias cidades iniciaram a soltura do Wolbitos para combater a dengue, zica e chikungunya Foto: Alessandro Vieira/WMP Brasil

Foi iniciada nesta segunda-feira em Foz do Iguaçu e em Londrina a soltura dos primeiros Wolbitos, que são mosquitos Aedes aegypti sem wolbachia. Os novos mosquitos, produzidos em fábricas instaladas nas duas cidades, fazem parte da estratégia de combate à Dengue, Zica e Chikungunya.

A wolbachia é um microrganismo intracelular presente naturalmente em 60% dos insetos, mas que não está presente no Aedes aegypti. Quando presente nestes mosquitos, ela impede que os vírus dessas doenças se desenvolvam, contribuindo para redução de casos. Uma vez que os mosquitos com wolbachia são liberados no meio, eles se reproduzem com aqueles que já estão presentes no ambiente, contribuindo, assim, para a permanência da Wolbachia nas gerações futuras.

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No total, serão cerca de 20 semanas de liberação dos mosquitos em diversas localidades dos dois municípios. Até ao fim do ano, de segunda a sexta-feira, equipes treinadas percorrem as áreas selecionadas, liberando os mosquitos.

Estão previstos para esta semana a soltura de 1,3 milhão de mosquitos em Foz do Iguaçu e 3 milhões em Londrina. Até o fim do ano está prevista a liberação de 26.156.800 Wolbitos em Foz do Iguaçu e 58.087.000, em Londrina.  A ação é desenvolvida pelo World Mosquito Program (WMP) em conjunto com as equipes de vigilância ambiental dos municípios.

Os Wolbitos fazem parte de uma estratégia nacional, o Método Wolbachia, utilizado para o enfrentamento das arboviroses. Ela envolve o Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), as prefeituras de Foz do Iguaçu e Londrina, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o WMP, o Ministério da Saúde e a Itaipu Binacional.

Há cerca de um mês as fábricas para o desenvolvimento do método foram inauguradas nessas localidades. Os Wolbitos não são geneticamente modificados e não transmitem outras doenças.

Mosquitos com Wolbachia reduzem casos de dengue. Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

“É fundamental enfatizar que essa tecnologia está alinhada com outras estratégias de combate ao mosquito. O Governo e a população devem continuar fazendo a sua parte. É essencial eliminar locais com água parada e a limpeza dos quintais”, ressaltou a coordenadora da Vigilância Ambiental da Sesa, Ivana Belmonte.

 

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