Polícia Civil alerta para o aumento de golpes e fraudes por meio do pix

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Pix é o pagamento instantâneo brasileiro, prático, rápido e sem taxa Foto: Marcelo Casal Júnior/ABR

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Os golpes e fraudes por meio do pix estão aumentando na mesma medida em que o brasileiro aumenta o uso do pix como meio de pagamento. Já são diversos os golpes que vêm sendo aplicados e, na maioria das vezes, a pessoa se torna vítima por falta de informação.

Por issso, no Paraná a Polícia Civil está alertando a população sobre os cuidados com as transações financeiras pelo sistema pix, a fim de evitar golpes e fraudes. Nesta modalidade, é possível fazer transferências ou pagamentos sem cobrança de taxas em poucos segundos, o que requer cuidado redobrado para não perder dinheiro.

Segundo o Banco Central, ao lançar o novo meio de pagamento, o pix é seguro, mas os bandidos podem agir enganando os usuários.

Golpes utilizando o pix são abrangentes e podem variar. De acordo com o delegado Emmanoel David, a maioria está ligada à obtenção de dados, o que faz com que contas bancárias possam ser invadidas ou sejam feitas transações não autorizadas pelas vítimas. Isso é possível porque os usuários devem cadastrar uma chave – que pode ser um telefone, e-mail, CPF ou uma chave aleatória – junto à instituição financeira. Nessas páginas falsas, são solicitados dados e informações que permitem que os golpistas possam usar o dinheiro da conta de forma indevida.

Além disso, os golpes também pode envolver situações de boletos falsos, nos quais a vítima acredita estar pagando por pix algo verdadeiro, mas os golpistas alteram o destinatário. Uma sugestão é sempre buscar sites oficiais ou procurar os emissários dos boletos. Outros golpes envolvem avisos de “falhas”, WhatsApp clonado solicitando transferências, utilização de falsas centrais de atendimento e comunicações (e-mails e SMS fraudulentos).

 

O perigo do QR-Codes

Ao ler um QR-Code para realizar uma transferência, tenha certeza de que ele é digno da sua confiança.

Golpistas podem usar um QR-Code como isca para algum golpe.

Um QR-Code lido com seu celular pode fazer você abrir link fora da instituição financeira ou realizar downloads de outras informações no seu celular.

 

Celular desprotegido

Tome cuidado ao deixar seu celular com os aplicativos das instituições financeiras abertos.

Nunca use senhas muito fáceis e mantenha seu celular protegido, preferencialmente com biometria.

 

Golpe de clonagem ou sequestro do WhatsApp

Golpistas tem se passado por outras pessoas e solicitam dinheiro das vítimas.

A pessoa, de boa fé, imagina que do outro lado tem um amigo ou familiar solicitando dinheiro e faz a transferência.

Uma vez que o dinheiro foi transferido, não tem mais volta.

É preciso ter cuidado com pedidos de dinheiro via WhatsApp.

Antes de realizar qualquer tipo de transferência, certifique-se. Entre em contato com a própria pessoa ou com outro familiar e tire a história a limpo.

A clonagem ou sequestro do WhatsApp tem se tornado cada vez mais comum.

O golpista não precisa nem clonar o WhatsApp. Ao pegar uma foto nas redes sociais e descobrir números de contato da pessoa, ele pode se passar por essa pessoa e dizer que trocou de número em função de um assalto, por exemplo.

 

Segundo o delegado, ainda é importante redobrar a atenção quando o usuário receber o comprovante do pix de um desconhecido. Em casos de compras ou serviços prestados, ao invés de pagarem na hora, os estelionatários programam a transferência para data futura e manipulam o comprovante para omitir o agendamento, enviando para a vítima como se a transação já tivesse sido feita. “Assim, os golpistas conseguem o produto sem pagar e a vítima fica no prejuízo sem receber o dinheiro”, afirma.

Segundo o delegado, as principais dicas de como evitar golpes passam por conferir os remetentes de e-mails, não acessar páginas suspeitas e não clicar em links recebidos por redes sociais ou SMS que tiverem cadastro de chave do pix.

Com o uso do pix como meio de pagamento, os cuidados com o celular precisa ser redobrado, diz a polícia Foto: Marcelo Casal Júnior/ABR

O cidadão também deve cadastrar as chaves do pix apenas em canais oficiais de bancos, como aplicativos e agências bancárias, buscar contato frequente com as instituições em caso de dúvidas. “Nunca compartilhe códigos de verificação caso não tenha solicitado e não faça qualquer tipo de cadastro de pix por telefone ou por mensagens. Também esteja sempre atento ao destinatário no momento da transferência”, explica.

 

Boletim de Ocorrência, o primeiro passo

Caso seja vítima do golpe, o cidadão deve imediatamente fazer um Boletim de Ocorrência. O registro pode ser feito via internet, no site da PCPR, de forma rápida e evitando deslocamentos desnecessários. Caso deseje, a confecção do documento pode ser feita de forma presencial na delegacia mais próxima.

A vítima também pode entrar em contato com a instituição bancária. Através do banco é possível utilizar um procedimento chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central. Ele facilita o pedido de devolução dos valores em duas situações: confirmação de uso do pix para aplicação de golpe; e falha operacional nos sistemas das instituições envolvidas na transação.

 

 

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