Buscando ampliar as soluções logísticas com ferrovias, o Governo do Paraná assinou hoje, 29, em Brasília, dois Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com o Ministério dos Transportes. A parceria engloba a Nova Ferroeste, proposta pelo Governo do Paraná para ligar o Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina por trilhos, e um estudo sobre a atual situação da Malha Sul.
Malha Sul
Segundo o Ministério dos Transportes o Paraná tem um total de 2.004 km de linha férrea, a segunda maior do sul do país. De acordo com o site da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Malha Sul tem 7.233 km, corta os três estados do Sul e parte de São Paulo.
Deste total, 2.280 km de linha estão com tráfego suspenso. É o caso do trecho entre Londrina e Ourinhos, no interior paulista, devolvido em janeiro deste ano. A justificativa apresentada pela concessionária para o governo federal é a redução de carga ferroviária transportada neste e nos demais pontos.
Dados apontam que em 2006, a Malha Sul movimentou em torno de 29 milhões de toneladas de produtos, já em 2023 o total não passou de 22 milhões de toneladas. Neste período o transporte ferroviário de adubos e fertilizantes caiu em 86% e o de soja 35%. Em contrapartida, houve aumento de 82% na circulação de açúcar e de 248% de contêineres.
O contrato de concessão pelo governo federal da Malha Sul, de 30 anos, termina em fevereiro de 2027.
Nova Ferroeste
O Governo do Paraná propôs a instalação de 1.567 km de trilhos entre Maracaju, no Mato Grosso do Sul, e o Porto de Paranaguá, no Litoral do Estado. Dois ramais vão partir de Cascavel para Foz do Iguaçu, na Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina) e para Chapecó, em Santa Catarina.
Atualmente o projeto está em fase de licenciamento ambiental junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis). O Governo Federal trabalha nos estudos indígenas adicionais realizados em 24 aldeias no Paraná e no Mato Grosso do Sul, localizadas próximas ao traçado proposto para o empreendimento.