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Poda irregular e corte de raízes contribuem para queda de árvores
A Prefeitura de Maringá sensibiliza a comunidade para o cuidado com as árvores – neste ano foram mais de 700 quedas durante vendavais. Essas quedas podem ser intensificadas pela ação humana, quando a população realiza obras na calçada reduzindo a área impermeável ao redor dos troncos das árvores, há poda irregular de raízes e galhos grossos, e danos ao tronco causados, por exemplo, pela fixação de placas com pregos.
O engenheiro florestal da Secretaria de Serviços Públicos (Semusp), Ciro Braga, explica que obras na calçada e interferência nas raízes podem contribuir para as quedas. As fortes chuvas fazem cair árvores das mais variadas espécies. Serviços na calçada muitas vezes danificam o sistema radicular e causam prejuízos a sua sustentação, enfatiza. A legislação municipal estabelece que ao redor das árvores deve ser preservada uma área permeável de 1,20 x 2,20 metros.
Já o engenheiro florestal da Secretaria de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal (Sema), Maurício Sampaio, lembra que podas de galhos grossos e danos nos troncos podem causar desequilíbrio à sustentação das árvores, e elevam as chances do ataque de fungos. O cupim não é o maior problema. A maioria das espécies de cupim se alimenta de madeira em decomposição e, portanto, atacam árvores que já possuem podridão no tronco, sendo assim, não são a causa direta da queda da árvore, explica.
Sampaio também destaca que a poda mal feita de galhos grossos promove a infiltração de água dentro do tronco e ocasiona o apodrecimento do mesmo. Neste ano, a Sema aplicou R$ 67 mil em multas. Foram 19 autuações para podas irregulares e 22 autuações para cortes irregulares de árvores. A poda de galhos, raízes e corte de árvores plantadas nas calçadas e canteiros centrais das vias devem ser realizados apenas pela Semusp ou empresa contratada pela Prefeitura, após emissão de laudo técnico.
Decreto municipal abriu a possibilidade do cadastro de empresas realizarem o serviço de poda e corte de árvores, mas até o momento, não houve nenhuma liberação. O cadastro é rigoroso e estabelece uma série de critérios como o licenciamento ambiental, filial no município, registro no CREA ou no Conselho Regional de Biologia do responsável técnico. A poda, corte e remoção de árvores será custeada pelo munícipe que desejar ter o serviço realizado e apenas poderá ocorrer após vistoria e liberação de laudo técnico fornecido pela Semusp.
Neste ano a Semusp realizou a remoção de mais de 3 mil árvores e cerca de 1,3 mil destocas. A pasta também realizou o plantio de mais de 4,4 mil mudas de alecrim, ipê-branco, aldrago, pau-brasil e outras espécies. A ação repõe árvores removidas por estarem condenadas, no final do ciclo de vida ou por comprometerem a segurança de pedestres, estabelecimentos residenciais e comerciais, além da rede de fiação da iluminação pública.
As mudas são oriundas do Viveiro Municipal, onde são cultivadas dezenas de espécies de árvores e folhagens. Ao alcançar 1,80 metro até a primeira bifurcação do caule e contando com maior resistência, as mudas são plantadas atentando-se sempre para o não ofuscamento da iluminação das ruas, placas, semáforos e danificação de galerias pluviais.
Estimativas da Sema apontam mais de 120 mil árvores no município. O plano gestor de arborização urbana de Maringá está em andamento e já selecionou 72 espécies (maioria nativa da Mata Atlântica) para o plantio. O estudo, com prazo final de entrega para março de 2019, conta com a participação de diversas secretarias municipais, instituições de ensino superior, diversos órgãos públicos e entidades do setor.
Além do inventário de espécies o plano leva em consideração aspectos como a própria história do município, inclusive dando continuidade ao planejamento inicial da arborização urbana de 1947, educação ambiental, legislação, entre outros aspectos.
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Fonte: Prefeitura de Maringá – Arquivo
Jornal O Maringá