A Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (Semulher), a Guarda Civil Municipal (GCM) o 4º Batalhão de Polícia Militar participaram do lançamento da 2ª edição do programa Mulher Segura Paraná, na manhã desta terça-feira, 8 de abril, na parte externa do Teatro Reviver Magó, em Maringá.
Trata-se de um programa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná que teve início em 2024. O foco é em medidas preventivas de violência doméstica e combate ao feminicídio.
Segundo o subcomandante do 4º BPM, major Luiz Moreira, serão feitas visitas comunitárias, a partir do setor de planejamento que mapeou mulheres que foram vítimas de agressão e não procuraram a rede de apoio, tais como Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Ministério Público, poder Judiciário, Delegacia da Mulher, entre outros.
“Fizemos o levantamento dos boletins e os policiais vão visitar as mulheres e ver em qual condições elas estão, bem como orientar para procurar as autoridades públicas. Da mesma forma, também estamos procurando pessoas que estão foragidas, que têm mandado de prisão em aberto”.
À reportagem, o major informou que, ao longo de 2024, foram 1.597 registros de violência doméstica em Maringá. Esse número pode ser ultrapassado em 2025, pois as vítimas passam a denunciar e fazer o registro. Há muitos casos de subnotificação. “A partir do momento que elas têm conhecimento da rede de apoio, começam a fazer as denúncias. A tendência é sempre aumentar”, dizendo que isso é positivo porque as autoridades públicas podem ter a informação e fazer medidas protetivas ou de ação para combater a violência.
O subcomandante também explicou que a Polícia Militar ministra palestras em todos os segmentos da sociedade. São duas equipes da Patrulha Maria da Penha que, além de fazerem o enfrentamento e o atendimento operacional, proporcionam as palestras em escolas, universidades, igrejas.
Além da Patrulha, serão postas dez equipes da PM para dar atendimento à demanda reprimida durante o lançamento desta terça-feira do Mulher Segura. Depois, será dada continuidade por meio do trabalho normal do dia a dia das radiopatrulhas, com visitas comunitárias e o encaminhamento de violência doméstica para as autoridades competentes.

Trabalho integrado com a PM
Em conversa com a reportagem, a secretária da Mulher, Olga Agulhon, comentou que a abertura dos trabalhos do Mulher Segura começou nesta terça-feira, 8.
“É muito importante que o trabalho da Polícia Militar esteja integrado com toda a rede de proteção à mulher e a Secretaria, estando junto, é sempre muito bom. Nosso trabalho se torna mais eficaz à medida que toda a rede trabalha em sintonia”.
Durante o programa, serão realizados mais de dez encontros até o final de 2025 em parceria com a Polícia Militar. “Mas esse trabalho é diuturno. Maringá tem o privilégio de ter duas Patrulhas Maria da Penha: uma da Guarda Civil Municipal e outra da Polícia Militar. As mulheres estão mais protegidas do que em outras cidades, do que em outros Estados”, diz Agulhon, informando que no dia 15 será feita uma reunião com a apresentação oficial do projeto, juntando as instituições que fazem parte da rede de proteção, para alinhar trabalhos no decorrer do ano.
Para além do programa Mulher Segura, a Secretaria da Mulher em Maringá desenvolve um trabalho 24 horas por dia, atendendo as mulheres vítimas de violência, com o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) e a casa abrigo. “A gente não pode descansar, pois a luta é diária para que a gente tenha os números de violência diminuídas e os números de feminicídio continuem zero como foi no ano passado”.
A titular da pasta aproveita para observar que a Cidade Canção tem uma Secretaria com 20 anos de atividades, tendo sido criada em mandato anterior do atual prefeito Silvio Barros. Agulhon destaca que o trabalho na área terá cada vez mais abrangência e a Secretaria não será incorporada a outras pastas, como vem ocorrendo em algumas cidades.

Importância da segurança
Presente ao evento, a vereadora Akemi Nishimori parabenizou a Polícia Militar e a Secretaria da Mulher pelo programa, destacando a importância da segurança para a mulher. “Isso traz uma dignidade, uma alegria, uma segurança para todas as mulheres”, afirmou a vereadora para a reportagem.

