A apreensão de drogas ilícitas no Paraná registra alta de mais de 27% no primeiro semestre de 2025. São 171,6 toneladas que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) tirou de circulação, contra 135,1 toneladas no mesmo período do ano passado.
“Trata-se de um resultado operacional significativo, que decorre de investimentos crescentes da PRF em inteligência e em tecnologia, da qualificação e experiência do nosso efetivo e, também, da atuação cada vez mais integrada com os demais órgãos de segurança pública e de fiscalização”, diz o superintendente da PRF no Paraná, Fernando César Oliveira.
O volume apreendido no semestre equivale a 88% do total registrado ao longo de todo o ano de 2023, quando 195 toneladas foram localizadas pela PRF no estado. A principal droga apreendida foi a maconha, com 168,2 toneladas. O ritmo das apreensões, se mantido, demonstram que o recorde estabelecido em 2024, de 284 toneladas, deve ser ultrapassado nos próximos meses.
“Vale observar que a base de comparação deste balanço semestral da PRF é alta, uma vez que acabamos de registrar dois recordes históricos consecutivos de apreensões de drogas no estado, tanto em 2023 quanto em 2024”, lembra Oliveira.

O haxixe, uma forma mais concentrada e mais “valorizada” da maconha, foi a substância que apresentou a maior variação: as apreensões aumentaram 461%, com 279,7 quilos localizados.
As apreensões de cocaína — segundo tipo de droga mais apreendido nas rodovias federais do Paraná — seguem em um cenário de estabilidade. Neste ano, foram apreendidas 2,02 toneladas, número próximo das 2,03 toneladas de 2024.
O Paraná, por sua posição geográfica estratégica, torna-se uma porta de entrada para o tráfico de drogas no Brasil, diz a PRF. A extensa fronteira do estado com países vizinhos, como Paraguai e Argentina, facilita o escoamento de drogas para o interior do país, muitas vezes em grandes cargas transportadas por um único veículo.