Uma pessoa que encontra-se em fase de transição sexual registrou queixa na 9ª Subdivisão Policial de Maringá nesta terça-feira, 30, contra uma ginecologista que trabalha em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) que teria dificultado o atendimento com demonstrações transfóbicas.
Imediatamente, o delegado titular do caso mandou que fosse intimada a profissional de saúde e possíveis testemunhas, que deverão ser ouvidas nesta quarta-feira. Também nesta quarta-feira o setor Jurídico da da Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AMLGBT) deverá dar entrada a uma representação contra a ginecologista no Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná.
A vítima do suposto caso de transfobia foi à delegacia acompanhada por uma representante da AMLGBT, que disse que “transfobia não pode acontecer em nenhum espaço, especialmente em locais que deveriam oferecer acolhimento e cuidado”.
O incidente teria ocorrido no momento em que a vítima procurou a UBS em busca de receita para medicamento à base de hormônio necessário no seu processo de transição e a ginecologista teria se negado a fornecer a receita com argumentos que, segundo a vítima, foram ofensivos à sua condição sexual.
Segundo a entidade, a prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, será informada sobre o procedimento de sua profissional.
A organização reforça que é básico garantir os direitos dos transexuais e combater a discriminação. Segundo a associação, é de grande importância denunciar casos de transfobia, de promover ações educativas para sensibilizar a sociedade e reforça seu compromisso com o respeito, a dignidade e a igualdade para todas as pessoas.
omaringa.com.br não conseguiu ouvir a médica ginecologista porque não foi informado em qual UBS ocorreu o incidente.
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