MP consegue a condenação de dez réus denunciados a partir da Operação Metástase

MP consegue condenação de 10 denunciados na Operação Metástase

A Operação Metástase, do Ministério Público com o Gepatria e o Gaeco, causou até demissão de secretária municipal e afastamento do então prefeito Foto: Danilo Martins

O Gepatria e Gaeco investigaram fraudes a licitações e desvios de R$ 19 milhões em verbas da Saúde em Umuarama

 

O Ministério Público do Paraná conseguiu a condenação, pelo Judiciário, de dez réus (seis homens e quatro mulheres) denunciados a partir da Operação Metástase, que investigou desvios de recursos públicos na área de saúde em Umuarama. A denúncia havia sido apresentada em maio de 2021 pelo Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria – Núcleo Regional de Umuarama) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco – Núcleo Regional de Cascavel).

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A operação apurou a prática de crimes cometidos mediante fraudes a licitações e desvios de verbas repassadas a hospitais de Umuarama para atendimentos de demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive durante a pandemia de coronavírus.

A Operação Metástase, desencadeada em junho de 2021, no período mais crítico da pandemia da covid-19, investigou um esquema que pode ter desviado R$ 19 milhões do Fundo Municipal de Saúde. Além de várias prisões na época, a secretária de Saúde de Umuarama foi exonerada e o prefeito foi afastado do cargo.

Entre os dez condenados, estão servidores e ex-servidores públicos municipais, empresários e profissionais como administradores, contador, advogado e assessor parlamentar – quatro deles desempenhavam funções públicas.

A condenação, pelo crime de organização criminosa, resultou em penas que variaram de 11 anos, 5 meses e 15 dias a até 13 anos e 4 meses de prisão, todas em regime inicial fechado. Cabe recurso da decisão.

A ação penal que gerou a condenação dos réus diz respeito apenas ao crime de organização criminosa. Outras ações penais e cíveis ainda em tramitação tratam de ilícitos diversos praticados pelo mesmo grupo criminoso.

O promotor de Justiça Thiago Oliveira Ibler fala sobre as condenações. Clique e ouça

 

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