Operação apura se servidores da prefeitura cobram propina para adiantar podas, cortes e remoções de árvores

propina para adiantar podas, cortes e remoções de árvores

A Operação da Promotoria e do Gaeco poderá explicar o porquê de alguns municípes esperarem anos pela remoção de uma árvore pode enquanto outros são atendidos imediatamente Foto: Arquivo/imagem meramente ilustrativa

Servidores da prefeitura de Maringá, principalmente alguns lotados na Secretaria de Limpeza Urbana, estão sendo investigados na Operação Pix, desencadeada na manhã desta quinta-feira, 19, pela 20ª Promotoria de Justiça e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são suspeitos de receber propina para realizar cortes, podas e remoções de árvores na cidade.

Agentes do Gaeco fizeram o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em endereços de investigados, bem como mandados de busca e apreensões pessoais.

A operação pode explicar o porquê de alguns muncípes esperarem longo tempo, às vezes anos, para ter atendido um pedido para a retirada de árvores apodrecidas ou galhos ameaçando cair sobre casas e carros, enquanto outros pedidos são atendidos imediatamente.

Os pagamentos normalmente eram feitos por Pix, daí o nome da operação. São investigados possíveis crimes de corrupção e concussão e crimes ambientais, além de atos de improbidade administrativa.

Pagando para furar a fila

O promotor Leonardo Vilhena disse esperar que as buscas realizadas hoje mostrem se realmente ocorreram atos de corrupção e verificação de envolvimento de outras pessoas.

Apesar de Maringá possuir um cadastro em ordem cronológica de árvores a serem cortadas, removidas ou podadas pelo poder público, sem o pagamento de taxas pelos munícipes, funcionários da secretaria responsável pelos serviços são investigados por solicitar ou exigir pagamento em dinheiro para agilizar e efetivar os serviços. Para isso, desrespeitavam a ordem cronológica, utilizando veículos e maquinários do Município para os serviços, muitas vezes sem o necessário laudo dos engenheiros responsáveis pelas autorizações de poda e corte.

Em Maringá, há uma grande fila de espera pela realização desses serviços, sendo inúmeras as reclamações de pessoas que aguardam por até quatro anos sem que os serviços sejam feitos, correndo o risco de perder patrimônio ou mesmo riscos físicos, diante da inação do poder público.

MP espera novas denúncias

A 20ª Promotoria de Justiça de Maringá solicita às pessoas que tenham sido vítimas de cobranças indevidas por qualquer tipo de serviço público que entrem em contato pelo telefone (44) 3227-1415 (de 2ª a 6ª feira, das 12h às 19h) ou pelo e-mail maringa.atendimento@mppr.mp.br caso queiram denunciar tais atos, que podem configurar crime.

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