A integração das forças policiais no Paraná tem atuado de forma precisa na resolução de crimes, especialmente envolvendo crianças. A articulação entre a Polícia Civil e a Polícia Militar, bem como unidades especiais como o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (grupo Tigre) e a Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), foi fundamental na solução do desaparecimento da menina Eloah, sequestrada recentemente em Curitiba.
“Cada caso solucionado é uma vitória para as famílias paranaenses e uma demonstração de que a segurança pública do Paraná está sempre pronta’ para atuar com eficiência e agilidade”, diz o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
Outro fator que eleva o patamar do Paraná nesse cenário é a atuação do Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride), única unidade no Brasil dedicada exclusivamente à localização de crianças desaparecidas, que também participou da busca pelo paradeiro da menina.
Entre 2019 e 2024, 888 casos envolvendo crianças desaparecidas foram registrados no Estado, entre aqueles com grande complexidade, como o do caso que comoveu o país na semana passada, ou mais corriqueiros. Todos eles já foram concluídos.
Com sede em Curitiba, o Sicride centraliza as notificações de desaparecimentos de crianças de até 12 anos incompletos, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e atua em sintonia com outras forças de segurança e setores da sociedade civil.
Um dos grandes diferenciais do Sicride é sua equipe especializada. Os policiais dedicados exclusivamente à localização de crianças desaparecidas trabalham de forma ágil e coordenada para atender ocorrências em qualquer região do Paraná.
A delegada-chefe do Sicride, Patrícia Paz, destaca que essa prontidão é essencial para o sucesso das operações. “Atendemos ocorrências dos 399 municípios do Estado e assim que um alerta de desaparecimento é emitido nós já recebemos. O atendimento é 24 horas e os policiais de plantão já entram em contato com os responsáveis para as primeiras diligências. De imediato pedimos uma foto recente da criança para fazer um cartaz para auxiliar nas buscas”, explica.
Já no caso de crianças maiores, que usam aparelhos de telefone, têm acesso à internet, a delegada orienta diálogo constante. “A orientação é manter o monitoramento, mas também uma conversa franca sobre os perigos. Manter uma relação de confiança na família é muito importante. A internet representa um desafio imenso. É preciso atenção e vigilância a todo instante”, reforça.
Em caso de desaparecimento de crianças, o registro de boletim de ocorrência pode ser feito em qualquer delegacia do Estado. Além disso, denúncias anônimas podem ser encaminhadas pelos números 197 (PCPR) ou 181 (Disque-Denúncia). O site do Sicride também disponibiliza informações sobre crianças desaparecidas e materiais de orientação para prevenir novos casos.