Guarda civil que matou a ex-namorada usou arma pertencente ao município

Guarda civil matou a ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento

Agente Geidelis não aceitou a separação e preferiu matar a ex-namorada do que vê-la com outro Foto: Redes sociais

O guarda civil municipal Gerson Rafael Geidelis, de 46 anos, único suspeito de matar sua ex-namorada Jéssica Daiane Cabral de Oliveira, de 30, com vários tiros na madrugada deste sábado, 20, no Conjunto Residencial Madrid, região sul de Maringá, foi preso no início da tarde nas proximidades do Bosque 2.

A VW Parati de Geidelis, usada na fuga após o crime, foi localizada nas proximidades do Bosque 2 e a polícia chegou ao suspeito. Ele não ofereceu resistência. Um homem suspeito de auxiliá-lo na fuga foi detido na oportunidade.

A arma do crime, uma pistola pertencente à prefeitura de Maringá, por meio da Guarda Civil Municipal, estava com o suspeito.

Gerson Geidelis é agente da Guarda Municipal desde que a corporação foi criada, em 2007, e, segundo os companheiros de farda, sempre teve um comportamento exemplar, de modo que o ato tresloucado da madrugada causou suspresa.

Geidelis não negou que tenha matado Jéssica e se limitava a dizer que “fiz uma grande bobagem”.

Ele matou Jéssica durante a madrugada, mas antes, quando estava em um bar, disse a outras pessoas que ia matar duas pessoas.

O GCM foi até a casa de Jéssica, no Conjunto Madrid, região conhecida como Cidade Alta, derrubou o portão de ferro com o carro e, quando a mulher abriu a porta, ele disse algumas palavras e começou a atirar, matando a mulher na frente da filha dela, de sete anos, e um amigo que estava na casa.

Geidelis fugiu do local, mas não deixou a cidade e nem tentou se esconder. Depois de contactar um amigo, chamou um advogado e pretendia se entregar à polícia.

Jéssica Daiane pediu a Gerson que não fizesse nada porque a filha dela estava vendo, mas mesmo assim ele atirou e matou a mulher Foto: Redes sociais

 

A prisão ocorreu dentro do período de flagrante, de modo que o suspeito não terá como pedir para responder em liberdade. Além disso, o assassinato de Jéssica poder ser enquadrado como feminicídio, que é quando mortes violentas de mulheres ocorrem em razão de gênero, ou seja, que tenham sido motivadas por sua “condição” de mulher.

Feminicídio é crime hediondo e inafiançável.

A Guarda Civil Municipal deverá abrir um inquérito admistrativo, que deverá resultar na demissão de Gerson Geidelis, que matou a ex-namorada com a arma da corporação.

 

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