Deixou a cadeia de Ponta Grossa no início da noite desta segunda-feira, 5, o jogador Miguel Angel Terceros Acuna, conhecido como Miguelito, do América Futebol Clube (América-MG), preso em flagrante na noite de domingo suspeito de injúria racial contra Allano Brendon de Souza Lima, jogador do Operário Ferroviário Esporte Clube. A ofensa racista teria sido testemunhada por outros jogadores.
Ele ganhou liberdade provisória e resppoonderá pelo crime em liberdade.
O caso aconteceu durante uma partida da Série B do Campeonato Brasileiro, realizada em Ponta Grossa.
Pelas imagens da televisão, vê-se Miguelito passar perto de Allano, virar-se e falar algo. Em seguida, Allano e outro jogador do Operário partem para cima do boliviano do América. O juiz Alisson Sidnei Furtado não chegou a dar cartão no momento, mas executou o protocolo antirracismo previsto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que consiste nos antebranços cruzados em “X” sobre o peito. Com isso, a denúncia de injúria racial constou na súmula do jogo.
A partida ficou interrompida por 15 minutos e, no final, vencida por 1 a 0 pelo Operário, Miguelito, Allano e outros jogadores foram levados para a Delegacia de Polícia, onde foi dada voz de prisão ao jogador do América.
Segundo Allano, Miguelito passoou por ele e falou, em tom de xingamento, termos como “preto” acompanhados de um palavrão.
O jogador do América nega que tenha xingado o colega do time adversário.
A investigação está em andamento e o jogador deve responder por ofensa racial. De acordo com o Código Penal do Brasil, a pena máxima prevista para o crime de racismo/injúria racial é de cinco anos de reclusão.
Notícias relacionadas