No primeiro dia após a divulgação pela imprensa sobre as investigações de possíveis atos de abuso sexual ocorridos na clínica de um médico ginecologista de Maringá, outras mulheres procuraram a Delegacia da Mulher alegando que também foram vítimas. A expectativa da polícia é que o rol de supostas vítimas continue crescendo nos próximos dias, mesmo sem ter sido divulgado o nome do médico suspeito.
Na sexta-feira, três mulheres entraram em contato com a Polícia Civil, o que eleva para sete o número de vítimas. Segundo a delegada Paloma Batista, encarregada do caso, “nós estamos recebendo as denúncias e fazendo uma triagem, a medida que os casos aparecem, novas vítimas tomam coragem e procuram a polícia. Todas serão ouvidas para esclarecer os fatos”.
A delegada informou ainda que a polícia está intimando algumas testemunhas para serem ouvidas. O ginecologista suspeito poderá ser ouvido nos próximos dias.
Esta investigação teve início após a Delegacia da Mulher de Maringá ter recebido denúncias de quatro mulheres sobre possíveis atos de abuso sexual, por parte de um ginecologista, durante consultas em sua clínica. Elas estranharam o comportamento do profissional, inclusive mandando-as virar de costas e esfregando o corpo, dele contra o da paciente. Há relatos de que ele chegava a ter ereções.
Com base nas primeiras denúncias, na quinta-feira a Polícia Civil cumpriu dois mandados de busca e apreensão no consultório e na residência do ginecologista.
Segundo a delegada Paloma Batista, mulheres que tenham passado por esse tipo de constrangimento e procurarem a polícia serão ouvidas e o caso investigado.
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