Gaeco e Polícia Militar deflagram Operação Força e Honra contra esquema de propina e contrabando

O capitão Rodrigo dos Santos Pereira, comandante da 4ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Maringá é um dos presos da operação

Gaeco

Os agentes do Gaeco contaram com apoio da Polícia Militar Foto: Soldado Ismael Ponchio/ PMPR

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, e a Polícia Militar deflagraram nesta quarta-feira (14) a Operação Força e Honra, com base em investigações que foram iniciadas em 2020, com a apuração de crimes envolvendo militares estaduais do BPRv. Segundo levantamento preliminar cerca de R$ 6 milhões em rendimentos ilícitos demonstrava incompatibilidade no patrimônio dos policiais.

Gaeco e Polícia Militar cumpriram 15 mandados de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão e 27 medidas cautelares de suspensão do exercício da função em 18 cidades do Noroeste e Oeste.

Os mandados de busca e apreensão envolviam residências de 36 militares, quatro estabelecimentos de policiamento rodoviário estadual (uma Companhia em Maringá e os Postos Rodoviários de Iporã, Cruzeiro do Oeste e Cianorte), seis residências de empresários e oito empresas. Que foram cumpridos nos municípios de Maringá, Cruzeiro do Oeste, Umuarama, Goioerê, Campo Mourão, Paranavaí, Maria Helena, Doutor Camargo, Mandaguari, Tamboara, Nova Esperança, Uniflor, Jussara, Mandaguaçu, Marialva, Guaíra, Cianorte e Iporã.

Na ação foram presos o vereador de Campo Mourão, Sidnei Ronaldo Ribeiro, o Tucano (PSD), pois teria participação no esquema; 14 policiais rodoviários, dentre eles o capitão Rodrigo dos Santos Pereira, comandante da 4ª Companhia da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Maringá. No total 27 policiais foram afastados e a operação apreendeu R$ 130 mil em dinheiro, oito tabletes de maconha, cocaína e haxixe apreendidos.

 

Propina 

É investigado principalmente o possível recebimento sistemático de “propinas” por parte de policiais rodoviários estaduais para permitir a passagem de veículos transportando mercadorias de origem estrangeira sem o devido pagamento de tributos (descaminho) e, em outros casos, para facilitação do tráfico de drogas. Eventualmente, os policiais investigados liberariam infratores que não acertavam o pagamento de propina depois de ficar com parte dos produtos, revendidos depois para empresas especializadas em comércios de equipamentos eletrônicos e outras. Em muitas situações, os boletins de ocorrência eram registrados de modo genérico para facilitar a apropriação das mercadorias apreendidas. Está sendo investigado também o possível favorecimento na indicação de policiais para trabalhar nos postos de fiscalização, em troca de repasse de propinas.

O cumprimento dos mandados de busca e apreensão tem o objetivo de recolhimento de distintivos, armas, coletes balísticos, cédulas funcionais, documentos diversos, equipamentos eletrônicos, aparelhos celulares, valores em espécie e veículos. Todos os mandados foram expedidos pelo Juízo da Vara da Auditoria da Justiça Militar e pelo Juízo da 2ª Vara Judicial de Cruzeiro do Oeste.

Fonte: Ministério Público do Paraná

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