O corpo do pediatra e psiquiatra Renan Tortajada, 35 anos, foi encontrado por volta das 13h30 deste domingo (19) em uma vala aberta ao lado do muro que separa o bosque Uirapuru do estádio Lúcio Pipino, em Umuarama. Um dos homens presos no final da manhã com o carro do médico confessou o crime.
O homem disse que conhecia Tortajada há pelo menos um ano e que mantinha um relacionamento com ele. À polícia, o autor confesso afirmou que atualmente reside em Umuarama, mas que é natural de Goioerê. O rapaz relatou que teve uma divergência com o médico por causa de dinheiro, algo em torno de R$ 200. As informações são do Portal O Bemdito.
O suspeito disse ter tirado a vida de Renan Tortajada entre meia noite e uma hora da madrugada da última sexta-feira (17), e que atingiu a nuca do médico com uma pedra de concreto pontiaguda dentro do bosque. Na sequência, arrastou o corpo até o muro, onde cavou uma vala rasa. Marcas de sangue estão espalhadas no local. Não é possível afirmar que Renan teve chance de reagir. À polícia o rapaz respondeu que agiu sozinho.
Ainda segundo o relato do suspeito, um travesti teria presenciado o crime e ao ser percebido, saiu correndo. O homem então alcançou o travesti e desferiu várias pauladas em sua cabeça, matando-o na hora. O assassino colocou o corpo desta segunda vítima no porta-malas do carro do médico e levou o corpo para uma área rural do município de Maria Helena.
A polícia agora investiga se o outro rapaz preso com o carro de Tortajada teve participação na morte do médico. O assassino confesso, num primeiro momento, isentou o amigo de culpa. O jovem é morador de Goioerê. Pertences (um computador e um cartão de crédito) subtraídos de Renan Tortajada foram encontrados em uma residência na cidade de Quarto Centenário.
Os dois rapazes foram presos com o carro do médico, um Honda Civic da cor chumbo, na avenida Duque de Caxias, próximo ao Sesc (Serviço Social do Comércio) e do Tiro de Guerra, no final da manhã deste domingo. Ali mesmo, no camburão da PM, o autor confessou o crime e levou a equipe ao local em que ocultou o corpo.
Renan Tortajada ligou para a mãe por volta das 17h de sexta-feira, dizendo que estava saindo do Toledo, onde residia e trabalhava, para Maringá, cidade dos pais. Como o médico não aparecia, a família começou a ficar preocupada e buscar notícias. Perto das 13h deste sábado, uma mulher que caminhava pelo Lago Aratimbó atendou a ligação, informando que tinha encontrado o celular de Renan no local. O aparelho estava bastante avariado.
Amigos, que já estavam na cidade, passaram a acompanhar o trabalho da polícia. Na Guarda Municipal, obtiveram imagens de uma câmera de monitoramento em que uma pessoa morena, com cigarro na mão direita, aparecia dirigindo o veículo. O teto solar estava aberto. As características do condutor coincidem com as do assassino.
O crime não está completamente solucionado. Depois que a matéria do OBemdito foi publicada na noite deste sábado, a PM passou a receber informações diversas sobre a movimentação suspeita do Honda Civic do médico. À redação do OBemdito, chegaram relatos de que o veículo foi visto com quatro homens em seu interior, em clima de festa.
Fonte: O Dia na Cidade