A Polícia Civil de Sarandi informou que a mulher trans assassinada na semana que passou e cujo corpo estava para ser enterrado em um cova rasa em um cafezal aos fundos do Jardim Ana Elisa, foi identificada por meio de um trabalho de seu Setor de Identificação junto com o Instituto Médico Legal (IML) de Maringá. O nome de registro era Carlos Raphael Tavares Camargo, de 22 anos, que preferia ser chamado de Alejandra. Ela era de Marialva, mas bastante conhecida em Sarandi e Maringá.
A travesti foi morta a tiros. A necrópsia confirmou penetração de balas no tórax e no abdomen. O assassinato aconteceu alguns dias antes da descoberta da polícia.
Três homens foram presos e dois menores apreendidos pela Polícia de Sarandi como suspeitos da morte de Alejandra na noite de quinta-feira, 23, e tentativa de ocultação de cadáver.
Os suspeitos só não conseguiram ocultar o corpo pela coincidência de uma viatura da Polícia Militar passar pelo local no momento em que terminavam a abertura de uma cova rasa.
Uma viatura da Rotam fazia o patrulhamento rotineiro quando os policiais perceberam pessoas tentando se esconder em um cafezal aos fundos do Jardim Ana Elisa, na Rua Barão de Mauá, zona sul de Sarandi. Algumas pessoas estavam pulando um muro, uma delas com uma enxada na mão.
Ao serem alcançados pelos policiais, os indivíduos mostraram grande nervosismo e não conseguiram justificar o porquê de correrem ao verem a polícia. Mas, bastou uma ronda no local e os militares encontraram uma cova aberta no cafezal, uma pá e um saco de cal. A alguns metros dali, a polícia encontrou o corpo da travesti enrolado em um saco plástico.